quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Lapidária ponho-me.




Tudo é tão simples que aturde.














terça-feira, 28 de novembro de 2006

Acabo de me erguer (sí, lo sé), depois de umha manhã a dar voltas (e nom só) na cama. Já alguém amaldiçoou a imaginaçom?
Abro a janela e essas cousas e está a dar o sol!
Timidamente, é verdade, mas está a dar o sol sobre a pedra toda molhada. Nom é um sol de secar, claro, é um sol que sai porque o dia se espreguiça.

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Oye, yo era como un mar dormido...

Oye: yo era como un mar dormido. Me despertaste y la tempestad ha estallado. Sacudo mis olas, hundo mis buques, subo al cielo y castigo estrellas, me avergüenzo y escondo entre mis pliegues, enloquezco y mato mis peces. No me mires con miedo. Tú lo has querido.





[Foto daqui]

sábado, 25 de novembro de 2006

Nom sei, de resto, Compostela está mui mitificada.
De mais para o meu gosto.

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

De Compostela trouxem umha cançom,
umha subida ao paraíso e as maniotas correspondentes (cousa da falta de costume),
um descenso acidentado
e umha sombra que ainda me ronda, morena;
um par de filmes a esvoaçar no horizonte,
a carvalheira de sam lourenço,
passeios, um biquinho, um maço de tabaco e um chisqueiro que me deu um camarero,
conversas, alguém com ciúmes (de mim, creio), lembranças compartidas, acusações de narcolepsia,
a plena consciência de umha mulher doce
e muitas risas.

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Tom Zé - Um Oh e Um Ah


(Que si, que tanto melindre em mim nom é normal... Mas esperemos, polo bem de todos, que seja temporário, nom se me vaiam aborrecer com tanta melosidade :P )

Mas Tom Zé é mermo bacana. Super maneiro! (Paverísimo :P)

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Parece que muda o tempo!





[Digo, com orgulho, que, por umha vez, a foto é minha :p ]


Onte necessitava desabafar :)



segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Prefiro escrever em quente e nom agardar à noite, onde quizais melhora-se o estilo mas perderia espontaneidade. Consideraçons estúpidas. O caso é que hoje aconteceu algo nojento.
Cheguei hai um pouco. Vinha no bus, de Vigo para Ponte Vedra. O bus do qual eu sempre me queixo que vai parando por tudo Vigo, nom só no Areal. No Areal subiu umha cheia de gente. Co tranquilinhos que iamos até esse momento...
-Este é o que vai a Ponte Vedra, nom si?
-Onde queres ir, arriba ou abaixo?
-Dos billetes, por favor.
Era um autobus de duas plantas. Eu ia na d'abaixo. Tinha a bolsa pendurada no asiento e a mochila no chão, entre as pernas, no meu lugar. Nisto que se senta um home ao meu lado. Nom era um velho, teria uns 40 anos. Parecia um pouco inquieto. Nom parava de mover-se e de ranhar a barba. Sentou-se coas pernas exageradamente abertas, de modo que tinha a sua perna esquerda tocando a minha. Nesse momento umha nom quer acreditar, mas já se dá conta. "Será mentres se acomoda". Nom, nom era mentres se acomodava. Começou a fazer pressom coa perna contra a minha. Nom continuamente, empurraba um pouco, deixava estar, voltava a empurrar. Arrimou-se mais. Eu estava de braços cruzados. De repente arrimou também o cóbado. Meio se esfregava. Era antes de entrarmos na autoestrada, eu já nom sabia que fazer. Ia-me apartando pouco e pouco mas nom podia, nom tinha para onde. O meu lugar era o da janela. Pensei em berrar bem alto e bem malhumorada: "Nom colhe no sítio??". "Se nom colhe, cambio-me" e cambiar-me. Pensei-no. Ia pensando nisso todo o caminho, pero nom dizia nada. Quitou a chaqueta que traía. Puxo-a enriba das pernas. Decidim fazer um movimento brusco para ver se parava. Colhim a mochila que estava no chao e puxem-na no colo. Pudem mover um pouco mais a perna e fugir-lhe. Centímetros. Parou um momento. Voltou.
Na ponte de Rande, ao entrar, arrimou-se mais contra mim. Eu devia ter a cara mais séria do mundo. Só fazia mirar pola janela, de braços cruzados, nom me atrevia a mover-me. Nom poderia ainda que quixesse, estava quase colada ao cristal. A cada pouco, apretava-se mais contra a minha perna.
Pensei em dizer o de se nom colhia no asiento outra vez.
Lembrei-me doutra cousa parecida que me passara num vitrasa. O bus ia vazio praticamente. Estava eu e duas ou três pessoas mais. Subiu um velho. O bus estava vazio. Veu-se sentar ao meu carom. Deve ser a técnica estabelecida, pegou a sua perna à minha. Depois moveu o braço e pegou-no ao meu corpo. Pouco e pouco. Depois puxo a mao na sua perna. Depois a mao estava entre a sua perna e a minha. Depois estava na minha. Nesse mesmo momento, levantei-me como um raio, ainda faltava para a parada, dixem: "Perdom, deixa-me passar?" e saim dali. Dei-lhe ao botom da parada. Ainda faltava. Chegamos. O velho baixou-se na mesma parada que mim. Ao princípio pensas que é sem querer. Depois nom queres acreditar que seja à posta.
Que se fai??? Que se fai nestas situaçons??? A mim ninguém me ensinou a saber o que fazer. Ensinarom-me matemáticas, a classificaçom dos substantivos, a diferença entre hay, ahí e ay.
O bus ia cheio. Diante havia quatro mulheres, no asiento do outro lado do corredor havia outro home.
Num instante fiquei paralisada: o home meteu a mao por dentro dos pantalons. Começou a mover o braço. Eu nom acreditava. Começou a esfregar-se contra mim e a bater umha punheta.
Sentim ganas de chorar durante um momento. Depois enfadei-me muito, indignei-me. Sentim grande nojo e um desprezo imenso polo home aquele.
Estava muda e quieta que nem umha estátua.
O único que pensava era "dios mío, a ver se chegamos dumha vez", "a ver se chegamos logo", "temos que estar já a chegar", "que cheguemos dumha puta vez, por dios". "A ver se este filho de puta fica coa palha a medias, hóstia!!!!". "Por que nom lhe berraria antes, por quê??"
Por que a gente (os homes) fai (fam) estas cousas? Que lhes passa pola cabeça para fazer umha cousa dessas? Que classe de educaçom, de sociedade, de valores?
De quando em vez, o home mirava para mim.
Correu-se justo ao entrar em Ponte Vedra. Lançou um suspiro. Sacou a mao e limpou-se contra a camisa. Várias vezes. Sem dissimular.
Ao parar o autobus, baixou quase de primeirinho e liscou. Eu saim um pouco depois. Até aquele momento pensava que estava indignada, cabreada. Foi baixar do autobus e começar a soluçar. Tremia. Tentava dissimular. Passei todo o caminho até a casa, na outra ponta da cidade, contendo-me para nom botar a chorar. Sentia náuseas, sentia-me idiota. Sentia-me degradada, manchada, profanada, suja. Sentia-me violentada. Sentia-me estúpida.
Exagero? Talvez.
Suponho que foi muita tensom. Estava (estou) shockada. Ainda agora nom o creio. Cada vez que o penso dá-me vontade de chorar.
O relato é esse. Nom é objectivo, descreve mais ou menos as minhas sensaçons. Nom o escrevo aqui para "fazer queixinhas" à plateia; nom pretendo ir de vítima, se resultou vitimista fique claro que nom é o que pretendia.
Julguem vds.

Detalhe: nom som especialmente atraente, quem me conhece sabe-o, e nom levava saia nem mini saia nem decote nem roupas provocantes de nengum tipo. Estava tranquilamente sentada no meu lugar do autobus. O trajecto demora meia hora. Que se fai?

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Rectitud.

Toca-me muito os colhons o afán de superación, a defesa da verdade por encima de todo, o conceito de loser, o ser melhor que ninguém sempre. Puagh!
Porque deixamos que nos eduquem esses filmes?

Inocência I.

Antes, quando eu era umha inocente peoa que andava a pé polas cidades e me cagava nos condutores pensava que quando eu própria fosse condutora o meu conceito deles iria mudar e iria entendê-los e desenvolver umha certa compreensibilidade ante certas atitudes das pessoas com um sistema de marchas ao seu dispor, ao tempo que iria começar a odiar os peons por se meter por onde nom devem, tentar a morte nos cruzamentos, enfim...
Porém, nada disso aconteceu. Ai!
Os condutores continuam a parecerme imbéceis, os peons parecem-me peons, coitados!; e a Administración fede.




quarta-feira, 8 de novembro de 2006








Com este nojento calor primaveral
em pleno novembro (!!!!)
nom me estranha que andemos todos como
el pico de una plancha
.













[Desenho aqui.]
Eu sei que ainda nom é tempo de os Reis virem, mas aqui lhes deixo um brinquedo.
Procurem-se!

Tamém funciona com mais de 1 palavra. Ummm, que sugestivo!

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Foda-se!

Nom sei quem é mais parvo: se ela por ser como é ou ele por andar atrás dela.

Foto(grama) possível


(Um lugar anglófono. Um quarto. A tardinha. Umha foto.)

(A nena) -Your boyfriend?
(A moça) -No, he is not my boyfriend.

(Miram a foto durante uns segundos)

(A nena) -He's beautiful.
(A moça)-Yes, he is...

(A moça fica com o olhar perdido na foto, dando-se conta.)