terça-feira, 23 de dezembro de 2008


Mui boas festas a todos!


Atrasadas, efímeras e um pouco florais, mas desejo-lhes que bonitas, radiantes e esplêndidas sejam (apesar de tudo).

[Imagem]

sábado, 13 de dezembro de 2008

Actas, notas y diligencias

(rascunho na quarta-feira)
1. A minha companheira de piso está a chorar no seu quarto como umha madalena. Nom sei por quê e duvido altamente que eu possa fazer algo mais que incomodar, entom ponho a rádio para isolar o pouco que possível. Prometo que é mais para nom intrometer-me na sua pena e privacidade do que para que as dela nom se intrometam nas minhas.
2. Vou-me do país pouco menos de umha semana e tenho demasiadinhos posts para ler e nom tantos para escrever, infelizmente.
3. De e-mails nem se soubo nem se contesta.
4. Trouxem livros que queria e ainda quero mais que nom dei topado e polos que terei que voltar direcçom Sul.
5. Com este frio nom me atrevo a recolher o cabelo por temor da integridade das minhas orelhas. Ainda bem que hai tempo que rapei os pelos de leoa, que aí tampouco me atrevia, mas nesse caso pola integridade estética do conjunto. Polo mal que faz. Agora quedei numha de gata despeluxada.
6. Banalidades.

(continuo hoje)
7. Oficialmente, sozinha de vez. Talvez agora alguém me queira fazer atormentada, e/ou enternecedora, personagem de novela, de filme ou de conto.
8. Neste novo status.



[Imagem daqui.]

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Lately



I've been continually walking into the walls.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Actas, notas y diligencias

1. Dormim umha sesta tremenda de segunda feira de várias horas para curar o que quer que fosse (que nom era álcol) dos restos do fim de semana com essa mesma atitude que já me dura demasiado ante as obrigas mundanas que me ocupariam também a tarde toda.
2. Cozinhei biscoito de chocolate, carne e umha variaçom da pescada em "salsa verde".
3. Tomei um duche assim completinho.
4. Sequei o cabelo com especial (ou practicamente única) dedicaçom à franja... flequillo... perrera... como se di isto?
4. Puxem música e um pijama quentinho.
5. Pensei em fazer um post que começasse com 1 frase longuíssima e sem vírgulas.
6. Se tivesse 1 Moleskine, seria colorada, mas nom tenho desses fetiches; também nom trouxem souvenirs foleiros e o kitch si que kind of turns me on.



7. Andei mais ou menos a tentar relativizar mas esta sensaçom de estupidez nom me dá passado.
7'. E porque já usei o Tudo vai ficar bem, dos Pato fu, noutro post, que se nom aqui pegava bastante bem essa cadência. Enfim.

[Imagem]

domingo, 9 de novembro de 2008


Em realidade, nom sei a que raio andam os engenheiros de automoção com tanta electrônica nos coches novos e tanta trapalhada que ainda nom inventarom um limpa pára-brisas para os olhos.


[Imagem]




Para cambiar o mundo seria preciso cambiar as pessoas e
para cambiar as pessoas seria preciso cambiar as narrativas e as narraçons e tal e coisa e
para cambiar as narrativas e as narraçons e tal e coisa seria preciso cambiar nós
e para isso tudo estamos nós aqui.












Tudo vai ficar bem - Pato Fu
[Imagem dum ilustrador guatemalteco chamado Javier Castillo]

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Clítoris

Este é um post didáctico e absolutely amazing que nom podo deixar de publicar.





[
via a funda São]

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Não acredite em tudo o que lê nos dicionários.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Bis

Também som prazeres as cançons absurdas, os poemas que nom entendo mas gosto na mesma e, em geral, ter o quarto todo desordenado e que me dêe igual.

sábado, 1 de novembro de 2008

Meme dos prazeres

Quando um se pom a pensar nestas cousas, resulta estranho ao princípio constatar como se misturam os pequenos prazeres com o que a um lhe dá prazer e com as cousas que um gosta de fazer e até com as que gostaria! Parece que fosse difícil discernir... E é-o, portanto a falta de algo melhor poderia dizer que 6 dos meus prazeres pequenos som estes:
1. Remolonear na cama qualquer dia, sacar o alarme do movel o fim de semana e dormir até que me apetecer.
2. Que me tranquilizem ("nom te estresses", "tranquiiila") calmadamente, enquanto impaciente e nervosa eu (e mesmo as vezes em que estou tranquila —e ando um pouco teatreira); que me chamem polo nome.
3. Falar com gente que me fai ver o mundo de outra perspectiva, que me aprende cousas e que me fai questionar o conhecido.
4. Tomar café morno mas com as maos quecidas polo caneco depois de comer.
5. Que nos deam ataques de risa no trabalho tedioso, aborrecido, cansativo e absorvente que temos que fazer ultimamente.
6. Atopar, nomeadamente à posta, a imagem perfeita para ilustrar 1 post ou, de casualidade nomeadamente, atopar poemas/textos perfeitos para ilustrar-me a mim. E a interactividade nos blogues: comentário pra aqui, pra ali e comunicaçom (mesmo que ténue às vezes).

Ok, fixem trampa. Metim dous por um nalguns pontos, mas também o ponto 5 é só temporário e recente, o 2 acontece nom demasiadas vezes e o 4 cada vez menos.
Enquanto pensava os prazeres, tamém me lembrei, por des-analogia, das pequenas desgraças quotidianas, que, logicamente, nom têm graça (ainda que sim induvidável interesse). O bom é que também me lembrou que deveria retomar um dia destes a campanha para a alegria!
De todos modos, como penso que falar de prazeres é um exercício agradável e necessário neste mundo onde parece que todo som queixas, nomino a L&M ou M&L, paideleo, aultrenarai e a selvadeesmelle e, em geral, a quem quiser falar de cousas bonitas.

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Esquecia-me... como se di "remolonear" em galego? Ou nom se di?

terça-feira, 28 de outubro de 2008





Loving shallowness wholeheartedly!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008


O que faria se fosse rica? E digo rica porque me permito o descaramento e a pouca modéstia de assumir que excêntrica já som. Enfim, si, já sei, tarde, mal e a rastras mas aí vam as minhas cinco cousas extravagantes (que rima com bogavante):
1. teria umha casa em vigo e outra em cangas, ou arredores, para ver a ria mais bonita do mundo desde todas as perspectivas.
2. teria vários minis antigos e modernos, uma vespa clássica e uma moto grande de 250, teria todos os carros de que gosto e cada um de uma cor para que me combinem com as roupas... ou melhor, faria pintar o carro cada vez para que me combinasse com a roupa.
3. teria um armário cheio de disfarces (e incontáveis pares de sapatos, naturalmente): hj toca mulher de negócios, amanhã adolescente revoltada, na sexta look andrógino e no sábado femme fatale.
4. compraria 1 ilha no brasil para mim e um país caribenho para montar um paraíso fiscal; tamém compraria a gz ao rei de espanha e faria as de dios, por exemplo, algumha espécie de socialismo verde sui generis ou umha república bananera, segundo de onde tirasse o ar.
5. logicamente, nom trabalharia e dedicaria-me a aprender todo o que me apetecesse, principalmente música e línguas de todo tipo: amazônicas, eslavas, japonês, frisom etc.; mas tamém, por exemplo cozinha ou viticultura/enologia (o que implica umha horta, umha granja e mtas vinhas para ter produtos da máxima qualidade!), geologia, mecânica, foto (e teria uma sala para cousa na minha casa, claro)...



A millonaria trapalleira - Chico y Chica

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Pois afinal nom foi tam difícil como pensava... Ai, sonhar... mas diz-me o que desejas e dir-te-ei de que careces, diz o provérbio, ou nom? Afinal tanta frivolidade, egoísmo e materialismo consumista tinham que valer para algo, nem que seja só para cumprir encomendas de memes de blogueiros interessantes.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008


Ah! Entom era por isto. Claro... e eu aqui toda brunette da vida...





Tinha que haver qualquer explicação racional e ainda bem que podemos pintar o pelinho chegado um momento de desesperaçom...


[via a fundação]
[Deliciosas imagens daqui.]


Morena - Los hermanos



Que deixe fluir. Que flua. Mas tropeço como a fazer rafting continuamente comigo mesma.


[Imagem, a pinup é Hilda de Duane Bryers, rúbia tinha que ser ;)]

terça-feira, 7 de outubro de 2008

As cousas quentes sentam bem, mesmo que seja um nojento chá verde. Isso pola tarde.

Mas à noite decidim enfrentar-me de novo aos calabacíns! E, como sei que estavades todos preocupados, informo-vos de que desta vez já saiu algo decente... Ainda nom é como a da mamá (nunca, nunca!). Sei que estou a fazer algo mal mas nom sei o quê. Em qualquer caso, o de pelar os protagonistas supóm umha diferença considerável... mmmm!




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Além disso, o pelador da foto mete medo e eu tenho que fazer a seguir lentelhas, bife com molho de queijo azul e champis, humus (falafel se sigo no mood for garavanços e me sinto audaz), outro queique mas desta vez com maçã e caramelo, comprar umha prenda de anos (a poder ser um livro, mas nom tenho ideia dos gostos literários do destinatário...), ir ao norte, ir ao sul, pôr-me guapa, comprar umha camiseta para meu irmao, topar um jersei preto para mim (daqui a pouco já pareço viúva) e algum nique de manga longa que só tenho 1 para sobreviver a estas mudanças de temperatura que estam a dar cabo de mim e desfazer-me desta dor de cabeça presente intermitentemente.

domingo, 5 de outubro de 2008

Hoje lavei todos os cacharros que estavam no fregadeiro da cozinha, que eram umha grande parte do total dos da cozinha em geral e fixem um arriscado queique de iogurte num forno que já nom tem ali pintados nem os números da temperatura nem as posiçons de quecemento. O queique, de-feito, tem a parte superior queimada mas também fixem, esperando algumha caste de redençom, umha crema de cucurbita pepo* que acabou sabendo a erva que nom tem jeito porque, bicho-preguiça de mim, decidim nom pelar o tal e além de cor toda verdinha ficou aquilo que nem para ir pacer... inda que agora que penso é perfeito para mim, por burra, ai, paciencinha.






De resto: choveu e eu a ver se vou colhendo um ritmo mais tropical.

[Imagem]

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*Como raio se di isso em galego? Acudam-me! Cabacinho? Abobrinha é que nao... courgete tampouco me gosta... Tentei buscá-lo mas nom tou com paciência para isso agora e já bom é que dei o nome científico! :P

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Cadé você

Ai, as ausências...
A minha, desta volta (como diz uma amiga minha), nom se deve a simples desleixo. Ando a fazer horas e horas e horas e jornadas inteiras e daquela pouco mais fago além de nom viver mais que por meio de ecrãs quadradinhos, de maior ou menor tamanho e menor ou maior colorido o dia todo. E quando chega a noite, porque agora já estám aí os dias em que sais de noite da casa e voltas de noite também (ainda agüenta um algo o lusco-fusco, mas por tão-pouco!), entom chego e como qualquer cousa e ponho música e abro mais uma janela quadradinha e o reader e miro se hai alguma postagem que valha a pena ir cheirar e deixo as outras acumularem-se indolentemente e depois pouco e pouco vao-se-me fechando os olhos...



Esquadros - Adriana Calcanhotto

domingo, 21 de setembro de 2008

Actas, notas y diligencias

1. Pois é. O bloguear meu anda em horas baixas. E descuidando toda irresponsável sabe deus se a criatividade ou os queridos contactos destes lugares (ou nom é "ou" que é "e").
2. Eu nom quero voltar, mas nom é só polo hipoteticamente possível síndrome pós-férias, é outra cousa, eu quero ir, minha gente, eu não sou daqui.
3. Para donde, non o sei.
4. Em realidade, si que o sei, ainda que realmente é-me bastante igual um sítio que outro.
5. Mudanças de humor, insónias, ansiedade, (...) nervosismo, cansaço, irritabilidade, tensão muscular... os sintomas coincidem em parte mas eu tenho umha certeza visceral de que nom é do síndrome aquele, que, além do mais, o trabalho dignifica e tal.
6. De volta ao mundo real outra vez em pouco tempo. Nom pode ser bom tropeçar com o mundo assim nestas frequências...
7. Tenho que dormir. E relaxar-me. E madrugar, ai!



[Imagem]

terça-feira, 16 de setembro de 2008

It was the lark, bichito, no nightingale

No es fácil injertarse en ti, ísima mía.
Me doy cuenta de que fue risa y no tos
lo que te dije, y debo despensar las cosas
que puse en tu silencio, y salir de tus bocas de
y dejarte, mitad sola, gastada por mis vellos.
Es el día consuetudinario, conozco su censura.
Se diría que el agua usada del llanto desbordara
de anteojos, baúles, bodegas, por mi culpa,
que todas las guerras que pacen amarradas
se fueran galopando a comer, solo porque
me olvidé de sufrir anoche, y fuera el centinela,
o me hubiera ido a volver, descuidando la tierra.

No es fácil ser feliz: primero, no nos dejan
y, quién sabe, será también la falta de costumbre
o tal vez haya que aprender, pero cómo, desterrado.

Metí amor en esa habitación de cejijunto,
en esta sólida soledad que debo hacer a un lado
pues no cabemos ya los dos al mismo tiempo,
mas parece que hubiera que aguantar toda la vida,
hacer cola en el mundo, esperar que los demás
pasen primero a casarse o comer o a sus negocios,
para empezar a vivir sin sentirse culpable,
conmutándome a tu lado la pena de durar.

De Jorge Enrique Adoum, "Yo me fui con tu nombre por la tierra", 1964


Pequeña serenata diurna - Silvio Rodríguez


Cousas que um descobre por casualidades da vida, que guarda e que um dia redescobre vindo terrivelmente ao caso. Conhecim este poeta no homework de uma das minhas companheiras de pisos e achei maravilha. Depois investiguei e continuei achando. E por isso partilho. Para que nos passe a falta de costume da felicidade, entre estas e mais cousas (esses três versos do meio som sublimes).

sexta-feira, 12 de setembro de 2008






De volta à realidade.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008


Matando umas saudades e nao dizendo que nao ao desconhecido. Ate a volta.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Monólogo do benefício da dúvida

Entre, entre, não faça cerimónia. Uma pedra, quer? Tem umha mortalha? Sabe enrolar? Olhe, eu já me esqueci. Não, não é para mim. Deixei de fumar quando... espere... quando você começou. Sabe, guarda-se a atitude, filtra-se a experiência e deita-se fora a matéria para não dar cabo da saúde. O quê, não fuma? Óptimo, sendo assim... Whisky? Pepsi? Águas? Não bebe? Ficam-lhe muito bem esses prudentes sentimentos. Pois então paciência, vai a seco e tudo. Quantos anos tem, 20? Oh, se eu lá pudesse ir dar uma voltinha outra vez, meu amigo! Mas diga lá, o que o traz tão novinho ao psiquiatra? Os seus pais estão ao corrente? Ah, é independente!? E trabalha em? Estudante... mesada... Claro, os tempos mudaram, isto está bom é para a juventude. Ora, dispa-se, descontraia os preconceitos, feche os olhos e estenda aí na marquesa. Não se preocupe, isto é gente séria. Mas diga-me lá a sério o que o preocupa. Conflito de gerações? Dos seus pais aos nosos dias? Bem vê. Os cinquentões foram à guerra ao som do Elvis e vieram de lá com a Marcha Fúnebre do Chopin. Os quarentões queriam mudar o mundo com flores na boca e acabaram a ver passar os trintões a enterrar-se em overdoses. Como vê, o caso não era para menos, havia que pôr um freio à galopada, porque senão aonde é que íamos todos parar? Além disso vocês agora não se podem queixar. Não vão à guerra, ouvem Elvis, deixam-vos ter a ilusão de que mudam o mundo com ou sem flor na boca por computador e enterram-se à mesma em overdoses. Convenhamos que é um naipe muito mais alargado e versátil de opções. Como? Gostaria de ter uma vida própria? De ter uma personalidade? Aí é que eu já não o posso ajudar. Quê? Os seus amigos chamam-lhe maricas porque você lê e não vê TV? Ouça, não é preciso ficar paranóico. Que tal procurar os seus verdadeiros amigos? Não há? Há, há. Não pense que é um protótipo no meio dos rebanhos. Como se diz em ficção científica, we are not alone. Tem namorada? Namorado? Nada? Porquê? Ninguém o ama por causa do seu estilo fechado? Sim, diga, vá, pois. Diga lá isso outra vez, é muito interessante. "Os adultos cansam-se das cores e pintam por cima tudo a preto ou tudo a branco. As crianças vêem os adultos a preto e branco para os poderem colorir." Engraçado, se calhar é essa a diferença entre a vida e a arte. Mas deixe lá que eu também tenho um grave problema. Odeio o Inverno, sou alérgico à Primavera, sofro de claustrofóbia no Verão e morro de tédio no Outono... Mas mudando de assunto, o que o meu amigo precisa é de viajar muito. Pegue nas mesadas e mexa-se, na sua idade ainda lhe dão boleia, aprenda outras coisas e outras gentes. Vá, levante-se, leve lá os seus preconceitos para recordação e abra os olhos, vista-se e desapareça que é sempre bem vindo. Faça-se à estrada e nunca diga que não ao desconhecido. Rasgue-me essa cabeça e abuse desse corpo. Sozinho, devagar, sozinho. Quando voltar vá só pela sua vontade e pelo seu caminho. Como diria o John Lennon, life is very short, there is no time. Quanto é? O prazer foi todo meu, para si é de borla. Eu depois mando a conta aos seus pais, deixe isso comigo.

Joaquim Castro Caldas (2002) Convém avisar os ingleses. Vila Nova de Famalicão: Quasi edições.


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Lá vamos. O autor morreu hai pouco, é a vida, nom é?, mas eu já vinha pensando em postar este anaco desde antes de saber disso, é curioso...
Por umha frivolidade, porque som horas de ir embora, mesmo que sejam umhas feriazinhas, e não ter receio do desconhecido, como sempre.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Minete

Pois hai umhas semanas aconteceu-me algo estranho que me fixo aprender de primeira mao umha expressom fantástica.

Saturday night
, isto e aquilo. Estavamos numha terraza na vila, os colegas já pediram todos ali sentadinhos e eu tuvem que ir pedir à barra.
Atendeu-me umha camarera rúbia que andava por ali, pedim e dixem-lhe que estava "naquela mesa", e sinalei. Pero puxo-me umha cara estranha, como de despiste ou de "uf, que lio agora", entom eu dixem-lhe que se lhe era mais fácil que pagava naquele momento. Assi nom tinha ela que andar a pensar que mesa e essas cousas. E nada, fum colher a carteira, volvim, paguei, pilhei a copa e todos contentes. Nada de especial. Até aqui tudo normal.
Mais tarde na noite, tavamos já dentro que fora tava fresco, todos dançantes e bebentes, fum pedir umha estrella e casualmente atendeu-me a mesma tipa. Entom, nada, deu-me a birra, perguntei-lhe que quanto era e nisto que fixo um gesto com as maos sacudindo-as cara afora, como botando-me ou dizendo-me que me fora tranquilamente. Eu quedei-me assi, meio desconcertada ou desubicada, e o primeiro que pensei foi que se cadra dixera algo pero eu com o barulho nom ouvira e volvim perguntar: "quanto é?". Entom ,mentres se afastava pareceu-me que dizia "nada, nada". E largou-se para a outro lado da barra.
E eu, com umha cara de parva, com a carteira na mao, a birra diante dos focinhos e flipando, porque nom estava segura de se acabava de passar o que me parecera que acabava de passar, ainda esperei um chisco por se a ghicha voltava. Pero nom.
Entom suuuper estranhada colhim a birra e fum-me para onde os colegas e contei-lhes o conto: "buah, eu nom estou segura, pero parece-me que a camarera me acaba de invitar", "e eu ouviria bem? porque nom tem sentido nengum....", "pois seica si que te invitou". É que aquilo nom tinha razom de ser. Que eu só lhe pedira duas vezes, nom lhe estivem a fazer gasto porque a ela pessoalmente nom lhe pedim mais que 1 copa e 1 birra, nem lhe dei léria nem nada! Se nem eramos habituais do sítio, por nom ser, sequera eramos dali, que iamos à festa...

E assi, hihi, haha dos colegas:
—Ai, ai, pois já sabes o que che toca... quereria-che algo ;)
—Hoje parece-me a mim que vás ter que fazer umha baixadinha ao pilom, hahahaha.




[Menos mal que algo se aprende, e inda vai ser verdade que as rúbias metem medo...]

sábado, 30 de agosto de 2008




Mimadrinha! É a primeira festa em que vejo mais homes guapos que mulheres bonitas!





Nom sei se é que antes nom me fixava tanto ou me fixava noutras cousas, ou será que as saias favorecem incrivelmente aos ghichos...
Pero, carai, havia-che cada um que estava como queria... buff!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

"Allowing yourself to want things is a great freedom. Allowing ourselves to want things, as women, as people who’ve been not only not allowed to want things but treated as things ourselves…yeah. And allowing ourselves to want that connection, whether it’s a night of hotandsweaty sex on the kitchen counter and then goodbye, goodbye, goodbye or whether it’s a life that sometimes just comes down to snuggling on the couch watching 80s movies, it’s what we want."

Absolutely!

[Via whateverlolawants, daqui: ohyouprettythings]



O certo é que nom sei se do que aí se fala é algo que lhe acontece à gente em geral (a mim si, com certeza), às mulheres em particular (nom sei das outras) ou também aos homes (imagino que até certo ponto si, mas tamém imagino que menos, por aquilo das diferentes escolas). Mas como estou a falar por mim, podo-lhes assegurar que o que aí diz é verdade. Ao princípio é difícil pensar no que um quer, sempre é umha preocupaçom sobre os demais, o que quererám, o que pensarám, se me acharám isto ou aquilo se levo esta ou aquela camiseta. E tamém é difícil dar-se conta de que "ei, ei, ei, para o carro, LQB, que andas a romper a cabeça se dixo isto ou o outro e se isso significa tal ou qual? e tu?", é como se só contasse se ele (ou ela ou eles) quer ou nom quer, ou se o que ele quer e isso fosse o que determinasse tudo o resto; particularmente resulta-me bastante difícil colocar a órbita arredor de mim mesma e perguntar primeiramente "que quero eu de verdade?". Falo, sobretudo, de relacionamentos pessoais, amizades, amantes. É como se sempre tudo dependesse da vontade dos outros. E nom, o importante é nós. Penso que é necessário ir mudando as atitudes, mas, buh, é um trabalhão, acreditem (porque sem nos darmos conta, deixamos as cousas satelizar nos demais). Umha vez umha pessoa que tinha o dom de dizer exactamente o que cumpria dixo-me: "Para você beber vinho numa taça cheia de chá é necessário primeiro jogar o chá fora, para então, beber o vinho". Hai que desaprender. Pois eu quero isto, ou aquilo; ou nom quero baixo nengumha circunstância o outro. Ou nom vou permitir que me julguem ou que se foda o mundo ou a lealdade a um mesmo tamém é importante.
Chapeau para o texto, eu reconheço-me nele. Pergunto-me se é só cousa minha (desequilibrada que é umha :P), se é mais de mulheres ou de todos na mesma medida.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Actas, notas y diligencias

1. Vêem como nom exagerava quando falava de que era umha repunante e que me resultava odiosa e tal e qual?
2. E sabem outra maneira mui efectiva de fazer-se detestável? Nom mirar os sms a tempo e responder tarde, mal y a rastras de modo que parece tudo mentira, que o vim, que passei e que argalhei umha desculpa de mal pagador qualquer.
3. Nunca andei de moto, pero parecem-me preciosas e sempre me dam umha inveja quando as vejo andar por aí... I wanna ride.





4. Enfim, o da moto é como aprender a pescar ou comprar 1 bmw, um projecto a longo praço. Porém hoje e manhã e passado manhã e por aí fora daria-me um jeito que nem imaginam para me perder (o mais literalmente possível) por essas estradas nacionais e provinciais pouco transitadas do mundo...
5. De momento, dói-me tudo de se me dar por começar a andar na bici por essas pistas de dios da parcelária arriba. E nom é o mesmo...


[a foto, via whateverlolawants]




A revolta dos Dândis
I - Engenheiros do Hawaii

domingo, 24 de agosto de 2008

"Pero, cambiando de tema, me han dicho que hay una universidad en España en la que es obligatorio hablar en gallego", George Steiner dixit.


Vaia, vaia, vaia, parece que o mito da obrigatoriedade chega até o mesmíssimo Cambridge (por nom falar de outras consideraçons do entrevistado sobre o assunto). Eu nom entendo como é que estas cousas absurdas alcançam tanta credibilidade e notoriedade. Nom o entendo. Pero, bueno, seica os imigrantes nos venhem roubar as mulheres e o trabalho e todas essas cousas.
É por essas e por outras que sempre hai que desconfiar relativizar.

sábado, 23 de agosto de 2008

Os jogos olímpicos fazem-me confusão.
Porque nom sei se vai por desportistas o choio ou por países, porque é coma se nom houvesse mais competiçons no mundo. Porque nom creio nada dos records olímpicos porque tem que haver limites físicos, nom pode ser tanto record, caramba!
Porque eu nom sei chinês, mas nom vim escrito o nome de Pequim em nada que parecesse chinês nos logos. Porque Beijing é um estrangeirismo nom necessário.
Porque me dá a impressom de que som umha apologia da competitividade extrema (e mira que eu para o meu também som competitiva), da insultante juventude (da infância nalguns casos), do sacrifício (tem que haver algumha parte lúdica pero nom a tenho visto demasiado), do sofrimento (nom só físico, imaginem a pressom). Porque parece que os machacam, porque nom entendo bem a distribuiçom por sexos nalguns deportes (devem ser tradiçons, mas ainda assi), porque já vim chorar destroçados os desportistas a dizer que eram uns fracassados porque nom ganharom o ouro! (e todo o resto antes de chegarem aí, quê??? e o resto da vida?), porque já vim os jornalistas dizer que fulano ou fulana eram umha decepçom para o país porque nom ganharom o ouro.
Porque se nom ganhas quê? quê? quê? nada?
E figura-se-me que seica só importa subir no mais alto no podium e todo o demais dá pena ou é um fracasso (nunca gostei de ter que jogar tudo a umha carta, sem ter em conta mais nada).
Porque o único que se ouve é que estám a perder as oportunidades da sua vida continuamente.

(Pero ao melhor som eu que imagino cousas e som umha maniática. Ou umha envejosa ou só vejo pantasmas por toda a parte. Ou umha hedonista, vaga e sem qualquer capacidade de auto-controlo, sacrifício ou vontade. Pode ser. )

De resto, nom estám mal.

[Post actualizado 23 de Agosto às 22:54 ]
[Post actualizado 24 de Agosto às 20:15 ]

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Tu és portuguesa, és

Hoje dixo-me um senhor português que eu era portuguesa, eu? nom, nom, que si, que si, não sô, não. Que tinha que ser, dixo, que tinha cara de portuguesa.

...Meu deus, serám os bigotes?!





[As últimas notícias que eu tinha eram que parecia egípcia porque parecia italiana e as italianas parecem egípcias, seica. Dixo-mo um egípcio. Agora deve ser que me estou pondo atlântica :P ]

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Cyanide and Happiness, a daily webcomic
Cyanide & Happiness @ Explosm.net

Para ser um webcomic de humor negro esta tira é bastante lindinha... ai!
[A propósito, adoro webcomics!! :D ]

b. princípios


"I’m selfish, impatient, and a little insecure. I make mistakes, I am out of control, and at times hard to handle. But if you can’t handle me at my worst, then you sure as hell don’t deserve me at my best."

Marilyn Monroe


[via Whateverlolawants, um blog nom só para dar um verde aos olhos, o que é um gosto e pouco habitual, mas também para aprender alguma coisa.]


Girls Just Wanna Have Fun - Norman Palm

a. Declaraçom de

Acontece comigo que hai épocas, mais ou menos frequentes ainda que nom periódicas, em que me volvo insuportável. É como um mês ou umhas semanas em que todo o mundo, ok, nom todo o mundo, mas umha pequena constelaçom de pessoas nom me agüenta. Nom sei se som eu ou se é cousa dos demais, mas que de repente parece que todo o mundo me odeia, parece. Nom é que eu me importe demasiado, nom fago nada por o evitar e até me gosta judiar com as pessoas. Além disso, costuma ser temporal. Ou costumava. Porque ultimamente levo um tempão que nem o demo. Meses. E quando parece que tudo vai ficando normal, ala, passa-se qualquer cousa que me recoloca no mesmo lugar. E assi andamos, som-vos umha aborrecida de caralho (nom, aborrecido nom é aburrido). O caso é que inda que agora me desse por tentar ser "riquinha" de algumha maneira, já nom seria capaz, nom saberia nem poderia.
Dixem que alguém ou algo me reconciliava com o mundo? Mentim.

CRTVG





"Sempre nos deixa coa mel nos labios... nos beizos, perdón."



Vale. Nom vou dizer que nom melhoraram cousas, mas... E tamém sei que aqui somos mui amighos de destacar o mau e fazer coma que nom existe o bom, que tamém o hai. Prometo que da próxima vez que diga algo, será sobre algumha cousa bem feita.



a) Lábios é perfeitamente correcto e diria que predominante no uso.
b) *A mel é que está mal. O mel.
c) E eu nom sei mas recemos por que a locução nom seja castelanismo. Algum trabalhador da língua me resolve a dúvida? Eu imagino que nom é, mas nunca se sabe nestas cousas.
d) Por nom falar da prosódia...


[Imagem]

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Hai tempo que nom me divirto de verdade.
De facto, creio que saberia precisar com bastante exactitude o momento em que deixei de divertir-me.

domingo, 17 de agosto de 2008


Parece que não é bem isso. Quer tentar novamente?





[Que si, que si, que che vos é um post pouco original, lugar comum,
cliché e tal e coisa, mas que lhe querem, é verão, agosto, férias...
]

sexta-feira, 15 de agosto de 2008


A paciência: é umha virtude ou é passar por parva?


Onde está o limite entre ter paciência e aguentar cousas desnecessárias?



A próxima vez que alguém me venha coa trapalhada essa de que os homes som simples,
estampo-o contra umha parede.











Tenho dito.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Metáforas

Passa-me, eu diria que de contínuo, que quando as pessoas me lêem as metáforas interpretam-nas como realidade e, sobretudo, quando me lêem a realidade interpretam-na irremisívelmente como metáfora.




Pero, em realidade, tudo isto tanto dá, as consideraçons sobre o que escreve quem escreve, porque o único que tem importância é o que lê quem lê.


[Imagem]

domingo, 10 de agosto de 2008

A curiosidade, os homes e as mulheres

Desde sempre, ao menos até onde podo recordar, fum mui consciente de que todos (nós e eles) somos iguais, que ninguém era mais que ninguém, mas depois comecei a matizar essa ideia inicial e a pensar que somos verdadeiramente iguais. Essencialmente iguais. Mesmas inquietudes, mesmas alegrias.
No entanto, e sem sentir nengum conflito interno por culpa da aparente contradiçom, tenho muita curiosidade por eles (já isto nom é desde sempre, só desde hai uns anos) porque representam em certo modo o desconhecido. O fascínio. O mistério. O inexplicável. Porém, com as mulheres isso nom me passa tanto.
Contudo, na minha defesa e para desfazer contradiçons (se somos todos a mesma cousa, por que as mulheres nom representam, a priori, o incógnito?), o feito é que nos educam para sermos diferentes e nós nom sabemos muito o que lhes aprendem a eles. E acabamos aparentemente diferentes (mas basicamente iguais, insisto).
Além disso, em realidade as mulheres tamém me resultam estranhas (apesar de que elas e eu estudamos na mesma escola), compreendo-as só um pouco mais e, se o penso bem, rompem-me tanto a cabeça como os homes com atitudes, reacçons, histórias que nom entendo ou que entendo igual de mal. O que passa é que tampouco nos ensinam às mulheres a dizer que às mulheres nom hai quem as entenda (e tampouco os homes aprendem a dizer que aos homes nom hai quem os entenda). E por isso. Realmente, polo menos eu, encontro a gente em geral até certo ponto incompreensível, a pesar de que tamém creio que no fundo (em essência, outra vez) somos bastante simples. Pero custa-nos, custa-nos assumir e, consequentemente, pensar e analisar as cousas de maneira simples. Pensamos de mais.
Nunca ninguém acredita que somos substancialmente iguais, nem se predica nem se pratica, infelizmente. E sobretudo é umha questom, como tudo na vida, de fé (passa como com as utopias e o impossível, se assumimos que é irrealizável, nunca acontecerá). Em realidade, nom me importa se é certo ou se hai diferenças estruturais abismais, nem me importa o que digam estudos de universidades americanas ou documentários da bbc. Gosta-me (ou necessito) crer que é assi.
Por outro lado, como as emoçons tenhem muito a dizer em tudo (por exemplo no que cremos ou no que queremos crer), ultimamente ando a pensar com mais frequência do habitual que cada vez gosto menos de homes; ainda que em realidade gosto igual de pouco das pessoas, se o penso bem. Melhor nom pensar.

Por momentos, algum muchacho e algum detalhe fam que me reconcilie co mundo.

sábado, 9 de agosto de 2008





Visito-me às vezes
e encontro-me
tão má anfitrioa como sempre.











[Imagem]

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Eu, hoje, ando atrás de algo impressionante
que me mate de susto
um impulso, um rompante
que é pra me desviar desse mar de calmante





Eu, hoje, ando atrás de algo impressionante
que me mate de susto
um discurso, um romance
que é pra me desviar desse mar de calmante


(Letra do Enguiço, da Adriana Calcanhotto; image à moi, c'est pour ça qu'elle est floue)

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Som de natural desmemoriada e, ainda pior, ponho pouca atençom nas cousas por puro desleixo. Quase esqueceria o meu aniversário se nom fosse porque nom gosto de fazer anos. Mas nom é, ou nom só, por vaidade, senom por que me cai enriba todo o que teria que estar vivendo à minha idade ou que já deveria ter vivido e que n-a-d-a.


Nem traças.
(Como um relógio de areia que escapa entre as maos.)


[Imagem]

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Liberaçom





Às veces parece que somos nós as que nos temos que liberar a todos.









[Imagem]

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Sigo aqui. Desinspirada e toda picada dos mosquitos, mas nom desaparecim.




[Imagem]

segunda-feira, 21 de julho de 2008

"If beauty is in the eye of the beholder, then sexiness is in the mind of the beholder."


WLTF
(I WLTF... wouldn't you?)



[
via a funda São]

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Recuento de prisoneros (dia 2)

  1. Ando com tanto sono nestas semanas com estas chuvas quando vou e quando nom vou por essas (auto)estradas de dios que nom sei que vai ser de mim.

  2. Nom, nom, de verdade que nom vou sacar umhas estatísticas de que-tipo-de-posts som os que tenhem mais comentarios. Ai.

  3. O futuro chegou hai uns dias.

  4. Estou tam farta. E tam vazio todo.

  5. Se vivesse no Brasil, possivelmente teria umha vontade danada de ir à Dinamarca, mas como vivo aqui o que quero é ir ao mar das Antilhas.

  6. Quando acabe tudo isto, se tudo isto nom acaba comigo antes, só quero lavar o coche num dia de calor e colocar os móveis do quarto em posiçom vertical.



Mallu Magalhães - Get to Denmark

Recuento de prisoneros (dia 1)

  1. Temo polo meu precário equilíbrio dativo-acusativo agora que fago meandros dias arriba entre teístas profissionalmente neófitos e cheístas indígenas.

  2. Os desencontros mesmo que superficiais som como pequenos sismos que abalam e evidenciam a fragilidade das pontes que sem querer e sem querer de verdade nos empenhamos dia a dia infrutuosamente em construir. E mesmo se fazemos coma que nom ou coma que si, que muito, deixam-nos um desconforto com a vida que os espanhóis expressam com precisom fisiológica: 'mal corpo'.

  3. Estou esta noite desconcentrada que nom desconcertada que isso só seria se nom me tivesse negado a tentar entender o que prefiro nom entender.

  4. É melhor deixar de jogar a que estamos no mesmo nível porque é ridículo. Sempre haverá classes. E idades.

  5. E brincar de menina inteligente também che é outra trapalhada máis. Quanto melhor nom estaria nas Caraíbas de ilha em ilha e mojito em mojito e de eu em pele alheia e outra vez eu. Que é o único que nunca teremos.

domingo, 29 de junho de 2008

Tenho umha queimadura que ainda que nom tenho aqui nada para medir diria que é duns bons e visíveis 5 cm no gume do decote e a gente é tam educada ou tam dissimulada que para nom confirmar que miram ninguém me perguntou como a fixera e lamentavelmente privarom-me do prazer de dizer que foi um excesso durante a sessom sado da outra noite, cousas que acontecem às vezes, nada de grave, cera quente nos mamilos e tal.


(Ou talvez já o imaginarom...)

sábado, 28 de junho de 2008

Nom o comentaria, entre outras cousas, se nom fosse porque hoje é um dia daqueles mas do jeito mais absolutamente casual e inquietantemente espontáneo acabam-me de dizer que quando ia sair a minha foto na portada de Zero (!).




Eu nom sei... que me aspen si lo entiendo...


(Tá, tá, cultivo umha certa ambiguidade intencionada mas nom aí fora, caramba!)


[Imagem absolutamente genial, como muitas outras, de Arthur de Pins, recomendo vivamente!)

terça-feira, 24 de junho de 2008


Como me venha mais gente perguntar quando vou colher as férias ou aonde vou ir ou o caralho, que se vaia encomendando ao santo que proceda e que seja bem milagreiro!!

domingo, 22 de junho de 2008

Actas, notas y diligencias

  1. Montes e moreas de gramas de pharmatom, algum redbull, café e coca-cola por litros, o feito nom dá trabalho.
  2. Mas o que hai ainda por fazer...
  3. A gente na Corunha demooooora a saír nos semáforos.
  4. Nom dou feito, buf.
  5. Por que sempre me gostam os mais estranhos?
  6. Em realidade os sítios, as lojinhas que cerram, liquidam mercadoria, colocam um cartaz, som mais tristes infinitamente que qualquer estaçom de trem.
  7. A gente tem filhos, escreve teses, hipoteca-se, casa, compra um carro e nós a vê-las vir.
  8. Acho-te de menos.
  9. Com cara de que, ué, outra vez me despistei, bueno. E que lógico, claro, como nom, nom a mim. E o desencanto.
  10. Hai determinadas conversas que nom se devem ter. Ou será hormonal?
  11. E toda colorada do sol do meio dia.
  12. Nom o tenho mui claro. Ele terei cara de aluna atenta ou de burrinha que necessita ser ilustrada continuamente sobre as cousas da vida e dos livros?
Hai dias em que nos levantamos com cicatrizes, o cabelo sujo, a pele oleosa e com umha luminosa beleza manifesta que transcende os cânones.

E, à tarde, por um momento Santiago parecia Castelló.

terça-feira, 10 de junho de 2008


Ai, ainda bem que neste começo de verao coberto cos encaixes de um suave frio interior descobrimos maravilhados, durante os desesperantes periplos de terceiros ciclos caminho da eternização, cousas destas e de repente tudo merece a pena:

Un grand orage éclate dans la glace à trois faces
Avec toutes les flammes de la joie de vivre
Tous les éclairs de la chaleur animale
Toutes les lueurs de la bonne humeur
Et donnant le coup de grâce à la maison désorientée
Incendie les rideaux de la chambre à coucher
Et roulant en boule de feu les draps au pied du lit
Découvre en souriant devant le monde entier
Le puzzle de l'amour avec tous ses morceaux
Tous ses morceaux choisis choisis par Picasso
Un amant sa maîtresse et ses jambes à son cou
Et les yeux sur les fesses les mains un peu partout
Les pieds levés au ciel et les seins sens dessus dessous
Les deux corps enlacés échangés caressés
L'amour décapité délivré et ravi
La tête abandonnée roulant sur le tapis
Les idées délaissées oubliées égarées
Mises hors d'état de nuire par la joie et le plaisir
Les idées en colère bafouées par l'amour en couleur
Les idées terrées et atterrées comme les pauvres rats de la mort sentant venir le bouleversant naufrage de l'Amour
Les idées remises à leur place à la porte de la chambre à côté du pain à côté des souliers
Les idées calcinées escamotées volatilisées désidéalisées
Les idées pétrifiées devant la merveilleuse indifférence d'un monde passionné
D'un monde retrouvé
D'un monde indiscutable et inexpliqué
D'un monde sans savoir-vivre mais plein de joie de vivre
D'un monde sobre et ivre
D'un monde triste et gai
Tendre et cruel
Réel et surréel
Terrifiant et marrant
Nocturne et diurne
Solite et insolite
Beau comme tout.

Jacques Prévert


[Imagem]

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Será possível?

Como me pom este ghicho... Eu nom sei. Pero muito muito. Ai ai, estes senhores professores...
Curiosa e inexplicavelmente, porque nom é o que habitualmente se entende por guapo nem nada, ai, todo desgarbado ele.
E nom sei que é o que me passa. Pero si. He's so damn hot!
Buf, deixa-me toda... [aqui completem vostedes com a palavra correspondente ao registro que considerem mais adequado].
(Meu deus, eu tenho um problema cos de corenta. Please, stay away from me!)



You're so damn hot, OK Go.

quinta-feira, 29 de maio de 2008






É curioso como funciona esta cousa das desculpas.
Se nom chas pedem, importa-che mais a merda que fora que fixeran.
Se chas pedem, polo mero feito de chas pedirem, o que fixeran perde importância.









[Imagem de por aí]


Cando umha tem milhons de cousas que fazer —milhons, umha dor de cabeça bretemosa e umha récua de difusons vagamente sentimentais nom ajuda ao tentar apanhar todos os livros da casa pendentes de voltarem à biblioteca —maiormente sem ler por culpa desses milhons de cousas, colher e folhear um deles e deixar-se alumar pola escuridade de tensas calmas diversificadas, nom.


[Imagem]

sábado, 24 de maio de 2008






Sabem quando nos dam desculpas esfarrapadas explicaçons que se som mentira é chungo pero se som verdade é pior?





Pois isso.





[Imagem aqui, entre outras super chulas]

segunda-feira, 19 de maio de 2008



E quando o tio mais guapo da festa me deu um destes
ao tempo que
colhia para si e curioseábamos nos postos,
só nom derretim porque a temperatura exterior nom o permitia!



Ai!



[Imagem]

May I introduce myself?


  1. Just wanna look some more, and I won't be satisfied 'til there's nothing that I haven't tried.
  2. 'Cause you are always wrong and I'm always right.
  3. And I act like a child and I'm insecure and I'm filled with doubt and I'm immature.
  4. I used to be involved and I felt like a king now I've lost it all and i don't feel a thing. I may never grow up, may never give in
  5. Que está mal tagueado isto, porque nom som eu que amo este tema, é ele que me ama a mim. Que si.
  6. E amais o vídeo este itself também é chulo.
  7. But I don't know what I've been waiting for but I know that I don't wanna wait anymore!
  8. But no matter how far I row...
What I'm looking for - Brendan Benson.

domingo, 18 de maio de 2008

Actas, notas y diligencias



  1. Passar o dia das letras com estrangeiros castelám-falantes.
  2. Prefiro passar de ti a falar de passar de ti.
  3. —¿Qué cantan en castellano, inglés o gallego?
  4. Vale que o som nom era o melhor. Mas, ai, se ao falar soa assi porque ao cantar soa assado? Ou simplesmente é que vos som umha repunantinha, nom o desbotaria.
  5. Mmmm, nom sei cal me pida.
  6. Mentira. Si que sei, hihihi.
  7. E nunca se é demasiado popi, nena. :P
[Imagem]

terça-feira, 13 de maio de 2008

Guiar


Onte sonhei que conduzia co freio de mao posto...

domingo, 11 de maio de 2008

Só isso que eu tenho pra falar!

Em parte por estarmos em vésperas da semana das letras e de procissons que sacam diversos (diversos!!) santos a passear, em parte porque já está aqui o tempo de festa dia si e dia tamém e sobretudo porque compre desaprender, contra-atacar contra tudo, relativizar, dançar, desfrutar e mais cousas que acabam em -ar, por tudo isso e mais o que vocês quiserem entender, tenho que partilhar convosco esta música do Teatro Mágico (se gostarem, podem descarregar da página, ué!).





A letra é genial. Eu, cá pra mim, destaco cousuchas, reparem:

(...) não vou porque tenho medo de avião, de torro...de torroristo
ai eu tenho medo né?
(...) "não sei falar direito"
(...) Senhora descasada namorando firme pra poder casar de véu
(...) Quando fizer calor e quiser ir pra praia de Cararatatuba, ]
[ cuidado com o carejangrejo
Tem que ta esbeldi, não pode comer pitz, (...)
No salão de noite, tem coisa que não sei
Mulé com mulé é lésba e homi com homi é gay
Mas dizem que quem beija os dois é bixcional... ]
[ só não pode falar nada,
quando é baile de carnaval (...).
Homem gosta de mulher que tem fogo o dia inteiro,
cheiro no cangote, creme rinsa no cabelo
Pra segurar namorado morrendo de amor
escreve o nome num pepino e guarda no refrigelador,
na novela das otcho, Torre de papel,
Menina que não é virgem, eu vejo casar de véu (...).
Mas quando alguém te disser ta errado ou errada
Que não vai S na cebola e não vai S em feliz
Que o X pode ter som de Z e o CH pode ter som de X
Acredito que errado é aquele que fala* correto e não vive o que diz

"e eu sou uma pessoa muito divertida...
eles não inventavam nada... eu gostava de inventar as coisa
não sei falar direito...
inventar uma piada, inventar uma palavra, inventa uma brincadeira...
não sei falar
me da um golinho... me da um golinho..."
(...)Omovedor, Carejangrejo, Omovedor, carejangrejo... Omovedor!
"omovedor... carejangrejo... só isso que eu tenho pra falar!"


*Quem diz "fala", diz "escreve".