sábado, 26 de maio de 2007

Nunca pensei que me teria que esconder, conscientemente, digo. Pero si. E fai-se-me raro e ia dizer que nom se me dá bem, pero nom, directamente (por umha vez), dá-se-me mal.
E o caso é que som mui despistada e mui pouco consciente e nom tenho completamente interiorizadas as regras sociais. Aprendim hai pouco a dizer "nom, graças" (antes da reforma do 2003, contudo) e por pura imitaçom, por pura ânsia de nom destacar e de fazer como fam as modelos de integraçom, entre outras cousas. Antes dizia "nom" e, se quadra, sorria.

Como todo converso, acabei abusando. E aconteceu o mesmo co de pedir desculpas; nom pedia muito perdom nem nada, suponho que porque nom via por quê. Do das desculpas já me dera conta hai bem tempo, de que me excedo ás vezes, digo; tanto que agora som quase proformas ou até bordões da língua e continuo sem ver realmente a necessidade de tanto dizer "perdom" e, de todos modos, suponho que sempre só foi umha fórmula que fica bem na boca das señoritas bem educadas. Será simples cortesia, nom sei, perguntem-lhe a Leech ou a um desses.

Essa história de acabar abusando tamém nom contribuiu, imagino, para paliar a minha tendência a ter dificuldades em dizer "nom", entre outras cousas [o de dar (revira)voltas para expressar as cousas é marca da casa].

Mas nom é tudo, porque, além de seródia, essa incorporaçom às regras nom escritas da interacçom social mais ou menos ortodoxa foi imperfeita, reduzida a quatro palavrinhas, certos silêncios e pouco mais. Daí, suponho, as vossas, e as minhas, caras de desconcerto às vezes.
Eu, francamente, nom me importo muito, mas claro...

Boh, mas o que eu queria dizer antes de tanta trapalhada (a humildade é tamém algo que aprendim (aprende-se na mesma liçom que a insegurança, já sabem) e no que no fundo nem acredito nem lhe vejo razons) é que agora que me tenho que esconder conscientemente pois nom sei se darei feito porque nom digo as cousas que tocam, nom toco as cousas que digo (isto já é farinha doutro saco) e presumo que optarei por ficar calada, estar mais guapa e ser invisível (umha das minhas especialidades).


A propósito, cansam-se-me com tanta confissom ou tanta espécie de coraçom aberto pataqueiro? :/ Porque eu devo-me ao meu público e se hai que abrir outras cousas, abrem-se ;). [Que sacrificada lhes som! ;P ]




[Imagem topada por polo bloguerio e que casualmente ilustra um:
Oh darling oh don't you, don't confess... I don't wanna know...]

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