domingo, 18 de março de 2007

Filhoas globalizadas.

No Kebab que hai ao ladinho da minha casa:

-Si, mira, queria um kebab desses enrollados?
-De pollo o de cordero?
-De cordero.

O senhorinho anota o que pedim. E eu, nom vaia sê'lo demo, pergunto:

-Ai, e como se di? Durum, nom? Assi para outra vez que pida...

-Si, durum, pero no te preocupes, tu dises enrollado o filloa y sin problema.




[Imagem]
Nom se podem escuitar segundo que músicas do pedro abrunhosa a segundo que horas de um sábado à noite... que se nom, dá no que dá (vide post anterior).


Agarra-me esta noite - Pedro Abrunhosa

A eito.

Eu nom olho. Eu nom vejo. Miro.
Nom está bem utilizar as pessoas e pretender que nos liberem das nossas neuras.
Nom está bem.
Já nom é porque seja ou nom seja umha questom moral. Simplesmente é que nom funciona. Essas cousas nunca funcionam. Acontecem continuamente, continuamente a gente procura salvadores. No trabalho, em cousas, em pessoas sobretudo. Mas a cidade há de ir em ti sempre.
Porque claro que nom só a carne é fraca, também o espírito. (Ai, benditos prozac e valium!)
É um pouco como pedir beijos ou companha dando tiros para o ar. Às apalpadelas, á toa. Outro pouco é outra cousa.

sexta-feira, 16 de março de 2007

O certo é que hai gente a quem se lhe perdoa tudo. Porque se fam querer. Porque sabemos que no fundo som d'oiro, ainda que enferrugem algumha cousa. Mas quere-se-lhes igual, impossível nom o fazer.
O certo, também, é que hai gente que decidimos perdoar-lhes algo. Decidimo-lo, porque compensa. Passamos por riba isso e colhemos o bonito, o que nos vale, o que gostamos. Merece a pena, ao menos para um dia de verão e um passeio pola praia bebendo uma água de coco. E á noite, veremos.
E depois hai quem nom merece a pena, ainda que sejam d'oiro ou de prata, nom compensa, nom sei, nom é nada. Si, si, um pouco, ainda se atura, mas depois cansamo-nos de dissimular e csomeçamos a pensar no sol, no mundo, nas lentelhas do meio dia, que ricas estavam!

quarta-feira, 14 de março de 2007

Promocionar!

Continuando com a campanha, que emoçom!, deixo por aqui outra musiquinha dessas também que devem fazer parte de qualquer receita para a alegria .


O leãozinho - Caetano Veloso




Caramba, cousa linda!!! :D





[Imagem aqui]

Wondie.




Claro que si, já o sei, claro que som umha mulher maravilhosa!













Mas vou-vos contar um segredo, ao ouvido outra vez, vinde pertinho: no fundo, ninguém quer mulheres maravilhosas.
-Oh!

:P

terça-feira, 13 de março de 2007

Como o mundo é o mundo e a gente é a gente (nois é nois), penso que nom estaria de mais continuar (fazer) a quase campanha de receitas para a alegria (ou contra a tristeza, que parecem antónimos mas nem sempre) encetada uns posts atrás.
Porque às vezes parece que nom se pode ou que nom se deve, que nom está na moda,
que é impossível
ou que é de mau gosto ou
que é interdito ou
que nom é politicamente correcto ou
que é estranho de tão raro
ou então que não é primavera adiantada.



Entom, assi, baixinho, ao ouvido, leiam isto, que conhecem, de certeza:

Defensa de la alegría

Defender la alegría como una trinchera
defenderla del escándalo y la rutina
de la miseria y los miserables
de las ausencias transitorias
y las definitivas

defender la alegría como un principio
defenderla del pasmo y las pesadillas
de los neutrales y de los neutrones
de las dulces infamias
y los graves diagnósticos

defenderla alegría como una bandera
defenderla del rayo y la melancolía
de los ingenuos y de los canallas
de la retórica y los paros cardiacos
de las endemias y las academias

defender la alegría como un destino
defenderla del fuego y de los bomberos
de los suicidas y los homicidas
de las vacaciones y del agobio
de la obligación de estar alegres

defender la alegría como una certeza
defenderla del óxido y la roña
de la famosa pátina del tiempo
del relente y del oportunismo
de los proxenetas de la risa

defender la alegría como un derecho
defenderla de dios y del invierno
de las mayúsculas y de la muerte
de los apellidos y las lástimas
del azar
y también de la alegría.
(M. Benedetti)

quinta-feira, 8 de março de 2007

Está na moda!!


Odiaria o chocolate de tanto (tanto, tanto) que gosto dele se nom o puidesse comer sempre que tivesse vontade.

Como nom ódio o chocolate, vou ter que odiar outra cousa.
:O

domingo, 4 de março de 2007

What's your soul trying to say?

Eu nom sei se é influência da X e da sua campanha, mas parecer parece-me 1 conselho estupendo, tanto nesse caso que aí se descreve como em qualquer outro. (Nom todos, claro que nom, mas também hai livros imprescindíveis para qualquer receita para a alegria (ou contra a tristeza) que se preze. Quais os vossos?).





What's your soul trying to say? (girls only) pics and pretty long results (may be a bit hard to take in)



You want so much, that you don't take the time to appreciate what you really have. You continue to wonder what life would be like if you had this or that, when all you really need may be your's already. Try reading a few books.Include: a quiet place to read, a long but good book, and a cup of your favorite hot drink.This should help the imagination that seems to run wildly through you.
Take this quiz!








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sábado, 3 de março de 2007

Março

Como nom dei postado um vídeo do youtube, deixo-vos o link: Águas de março.
Vale muito a pena :) É a maravilhosa versom do Tom Jobim coa Elis Regina, que deveria fazer parte de qualquer receita para a alegria que se preze.


É pau, é pedra, é o fim do caminho
é um resto de toco, é um pouco sozinho
é um caco de vidro, é a vida, é o sol
é a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
é peroba do campo, é o nó da madeira
caingá, candeia, é o Matita Pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
é o mistério profundo
é o queira ou não queira
é o vento ventando, é o fim da ladeira
é a viga, é o vão, festa da cumeeira
é a chuva chovendo, é conversa ribeira
das águas de março, é o fim da canseira
é o pé, é o chão, é a marcha estradeira
passarinho na mão, pedra de atiradeira

Uma ave no céu, uma ave no chão
é um regato, é uma fonte
é um pedaço de pão
é o fundo do poço, é o fim do caminho
no rosto o desgosto, é um pouco sozinho

É um estrepe, é um prego
é uma ponta, é um ponto
é um pingo pingando
é uma conta, é um conto
é um peixe, é um gesto
é uma prata brilhando
é a luz da manhã, é o tijolo chegando
é a lenha, é o dia, é o fim da picada
é a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
é o projeto da casa, é o corpo na cama
é o carro enguiçado, é a lama, é a lama
é um passo, é uma ponte
é um sapo, é uma rã
é um resto de mato, na luz da manhã
são as águas de março fechando o verão
é a promessa de vida no teu coração

É uma cobra, é um pau, é João, é José
é um espinho na mão, é um corte no pé
são as águas de março fechando o verão
é a promessa de vida no teu coração

É pau, é pedra, é o fim do caminho
é um resto de toco, é um pouco sozinho
é um passo, é uma ponte
é um sapo, é uma rã
é um belo horizonte, é uma febre terçã
são as águas de março fechando o verão
é a promessa de vida no teu coração