terça-feira, 1 de maio de 2012


Nestas setentrionalidades em que nos encontramos desde a última semana nom para de chover (a anterior nom sei, nom contesto). Nós, claro, já estamos avisados de que, entre outras cousas, a auga de Abril enche o carro e o carril. Mas aqui deve ser raro que até hai perigo de cheias e seique dizem os jornais que foi o mês de Abril que mais choveu desde os últimos... bueno, o de sempre parece claro que estadista meteorológico deve ser dos ofícios mais solicitados nos últimos tempos.

No entanto, já estamos a primeiro de Maio, continua a chover, falta fai, pola seca, entre outras cousas, e penso que concordarám comigo em que muitos chuços fazem falta!



A cántaros - Pablo Guerrero

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Com sorte, a auga ajuda-nos a espabilar nestes tempos em que um já nom sabe se é melhor ler os jornais ou nom os ler, num delicado equilíbrio entre o desconsolo, a raiva e o espanto, de sobressalto em sobressalto andamos!
Fala-se muito de "desmantelamento" e, em efeito, nom sei vós, mas eu tenho a sensaçom de estarmos dentro de umha casa mentres chegam uns macaquinhos que começam a levar o telhado, as portas, o chao, e nós ali coa boca aberta, "pero... pero... nom pode ser, está a passar isto de verdade?", sem acabar de crer o que está a passar, assistindo ao saqueio paralisados, embargados polo estupor, pasmados, em choque.


[Imagem]

2 comentários:

condado disse...

O que tiñan é que chover cántaros, a ver si así... E de chuvia podía parar un pouco, que a semana que ven quería ir de moto a Carballiño (non aguanto sen pulpo)...
Que bonita canción!

La queue bleue disse...

Cántaros tamém, pero nom me dirás que chuzos nom seriam mais efectivos! Mas por chover, também podia chover café ;-) Ou cacau, ainda melhor!
E logo aí onde queira que estejas nom vam as pulpeiras os dias de feira? ;-)

A cançom é mui bonita, si. :-)