sexta-feira, 28 de julho de 2006

Marcho um mês. Ali nom sei se haverá internet, suponho-me que si. De todos modos, tanto tem, porque tampouco é que me estivesse prodigando em posts-maravilha este verao. Do-si-fi-can-do-me.
Nom sei o que escrever, para variar. O que si, cansei-me de ir de. Agora vou ir de [outra cousa, claro]. Porque indo de, a ver, nom é que me fosse mal de tudo, mas bem tampouco. Claro. Obviamente, isso precisa dumha mudança de atitude. Principalmente porque a ideia é que vaia o melhor possível, e para isso ir de nom funcionava, polo tanto a ver se indo de as cousas som diferentes.
Ai, isto de construir personagens! O segredo está em nom "encasillar-se" :P

quinta-feira, 27 de julho de 2006

Pois já tou a preparar outra viagem.
Sinceramente, levo dias e dias e dias que nom sei o que escrever aqui. Nem se devo ou nom devo escrever, considerando que nom me sai nada. Miro nos outros blogues a ver se me inspiro e apetece-me protestar contra parvadas e tópicos que leio. Pero realmente nom me apetece tanto.
É certo que um pouco sempre passamos a vida a vê-las vir. Mas agora, essa sensaçom é mto mais aghuda. Talvez tenha a ver o facto de que depois do pequeno projecto a curto prazo (um mesinho a ver se aprendemos algo de inglês), nom hai nada. Está o baleiro. E que imos fazer? (Bom, anda o CAP por aí dançando, terei que mirar isso tb. Mas que preguiça...) O caso é que nom sabemos o que imos fazer. O que queremos? Mmmmmm. Buf. Tampouco... Pois tamos-che bem. La pregunta del millón*: "E aghora que vás fazer?". A cada um penso que lhe respondo umha cousa diferente, é o que tem a incerteza vital. Nom vês? Já estou a falar sem dizer nada, a escrever por encher o post... E assi nom mola. Igual devia começar com exercícios de estilo ou histórias absurdas e passar de mim. Veremos.

*Do millón de quê? Do milhom de moras? Do milhom de areias? Do milhom de quê?

quarta-feira, 26 de julho de 2006

Buf, outra vez de volta. Desta vez de Compostela. Diinhas de risas, festa, borracheira. Bem, bem, passou-se bem, hehe. Acabamos feitos 1 merdinha. Acampamos alá. E dormir... enfim... malamente.
Os detalhes sórdidos me los reservo ;)

domingo, 23 de julho de 2006

Eu leio-a; e como as cousas que se me ocorrem para contar som dessas que nom se devem contar e sempre fum umha mulher fácil, nom me resisto ao egocentrismo tentador e fácil:

Que hora é?: As nove em ponto. De um domingo, domingo, domingo...
1. Nome Completo: Tantos! Um para cada ocasiom, alguns com os que me auto-baptizo e outros que me dam.
1. Alcumes? Nengum que eu saiba. Devera investigar?
2. Por quen che puxeron o nome? Por ninguém concreto. Ainda que estiverom a ponto de me pôr outro pola minha avoa.
4. Signo Zodiacal: Leão!!
5. Tatuaxes: Nengumha.
6. Amaches tanto a alguén como para chorar? Si. Nem que fosse por mim mesma...
7. Estiveches nun choque de coches? Nom.
9. O vaso, meio cheo ou meio vacio? Depende... havia umha "gracieta" com isto, bastante apropriada, mas nom a lembro... Devia ser tipo: completamente vazio.
10. Cor favorita de roupa interior: Todas, e estampados variados. Salvo talvez amarela e "color carne". Branco tampouco me chista muito.
11. Número favorito: Mmmmm. Nengum? Era o sete, mas agora já nom é nengum.
12. Cor favorita: As cores quentes: vermelho, laranja...
13. Supersticioso? Nom pensar nas cousas ou nas esperanças, porque se as pensas, nom se cumprem. Tentar nom pôr o carro diante dos bois para nom "gafar" as cousas. Evitar crer nas cousas antes de que passem, porque se nom, nom passam. Nom sei se me explico...
14. Tipo de música de preferéncia: Muitas. Que me cheguem, que me digam algo. Nom tenho critério.
16. Flor: Flor? Nom penso muito em flores, que prosaica! Poderiam ser as magnolias, as papoulas... a rosa do principinho??
17. Última visita ao hospital? Buf, pera que penso... A princípios de curso qdo fum acompanhar umha amiga que ia ver à sua tia ou prima ou algo que acabava de ter um neno. Nom passei da sala de espera.
18. Como te ves en dez anos? 10 anos? Nom me vejo... Suponho que mais ou menos igual. Espero que com carro e fora da casa. E... ainda que nom seja politicamente correcto dizê-lo, com nenos ou a ponto de nenos.
19. Que cambiarías da tua vida? Buf! Principalmente quereria mudar de pele dumha vez.
20. O primeiro que pensas ao espertar: 10 minutinhos, levanto-me daqui a um chisco... e paro a alarma do móvel na opçom em que nom a paras de tudo e toca cada 10 minutos, e adormecerei (mais ou menos profundamente dependendo do dia) e voltará a tocar dali a 10 minutos, e outra vez a pararei, e dali a 1o minutos outra vez... e podo estar assi bem mais de 1 hora. (Francamente, como pergunta creio que é mais interessante perguntar que é o que pensas antes de adormecer, quando já estás na cama, nessa cama tam quentinha ou tam grande ou tam fria ou tam sem fazer desde hai 15 dias ou tam desconhecida ou tam de sempre ou de fim de semana ou com almofada que estorva ou ghatos que che sobem às pernas no verao e ao pescoço no inverno!!)
21. Que hai na parede da teu cuarto? No meu actual da casa, nada. No que ia ser meu da casa postais, posters vários. Um poema de Pessoa. Os horários do bus. Um artigo de opiniom. No do piso durante o curso duas láminas enormes da Gulbenkian presidindo a cabeceira da cama. Postais. Um par de cartazes dum par de obras de teatro. Os horários de aulas. E mais trapalhadinha engraçada.
22. Persoa que talvez non conteste este post: Hehehehhe. Ninguém.
23. Persoa que seguro responde: Também ninguém.
24. Quen che gustaria que respondese? Mmmm. Nom sei. Quem queira.
25. Que dirias a alguén e non te atreves? Tantas cousas! As mesmas cousas que si som capaz de escrever(lhes) e algumhas que nem isso (custa-me verbalizar). Cousas que nalgum momento da minha vida tampouco me atrevia a dizer-me a mim mesma. Agora já si me digo tudo.
26. Deporte favorito: Para ver? Para fazer? Em abstracto? Em metáfora?
27. Tímido ou extrovertido? Depende.
29. Gusta-che ler? Si.
30. Falas algun idioma? Deveria.
31. Pasatempo favorito: Nom fago muito disso. Autodefinidos, talvez.
32. Praia ou montaña? Mmm. Praia. Ainda que um cómbi das duas também mola.
33. Coleccionas algo: Nom, demasiado metódico para mim.
34. Tes algunha fóbia? A algumhas situaçons, ao ridículo, ao fracaso, ao rechaço... Ai, isso som medos! :P Fóbia a cousas materiais, nom.
35. Cando foi a última vez que choraches? Onte.
36. Gusta-che a tua letra? Tem dias, normalmente si.
37. O pan gusta-che con que? Com todo, ou?
38. Sendo outro, serias o teu amigo? Buf, nom creio. Nom som de fazer-me querer, antes o contrário.
39. Tes un diario de vida? Nom. Demasiada constância para mim.
40. Es sarcástico? Hehehehe. Menos do que quereria.
41. Saltarías en bungee (puenting)? Talvez, mas nom é algo que me interesse.
42. Cereal preferido? Como que cereal preferido? Que tenhas cores, comidas preferidas ou números, é o que manda a tradiçom, mas cereais??
43. Desatas os zapatos ao sacá-los? Nom, quase nunca.
44. Cres que es forte? Nom sei, nom tivem que ser forte nunca. O que som é insensível, nom me afectam muito as cousas. Só em certos momentos de desesperaçom.
45. O teu xelado favorito? Iogurte. Mmmmmm.
46. Canto calzas? Un 35/36.
47. Roxo ou Rosa? Colorado, encarnado.
48. O que menos che gusta de ti? Ai meu deus! A ideia do teste este é acabar com princípios de depressom? O que nom che gusta? Como te ves? O que cambiarias? És feliz? A tua vida é umha merda? Fás este teste como introspecçom de "pacotilla" e descobres que nada é como queres nem queres nada como é?
Nom gosto de muitas cousas. Infelizmente. Muitas cousas que nom me deixam ser e fazer outras. De ser tam parva, tam consciente, tam neurotico-paranoica, tam egocéntrica, tam reprimida... Mmmm. Mas também tenho cousas boas, eh? E as "más", hei-de procurar que sejam menos, ou?!
49. A quen estrañas muito? Já estranhei mais, agora nom estranho gente, de tam afeita que estou a nom a ter comigo. Agora estranho momentos e tenho saudades do que nom foi, como di o tópico. Também do que nom será.
51. A cor de pantalón e zapatos que tes postos? Pantufas verdes e com abalórios rosas (em realidade som bonitas, ehhh) e pantalom beis.
52. O último que comiches hoxe? Um anaco de tarta de maçã.
53. Que estás a escuitar neste momento? Love is in the air! Hahahhahaa. Musiquilla variada da que hai polo pc adiante, principalmente que meteu a minha irmã.
54. A última persoa coa que falaches por teléfono? Um amigo que está polo levante.
55. Trago favorito? Vodka com sprite. Mojito. Caipirinha.
56. Deporte favorito para ver por tv? Mmmm. Nengum em especial.
57. Comida favorita? Tantas! Nengumha.
58. Película de terror ou final feliz? Nem umha nem outra. Qualquer umha que diga algo que me interesse em determinado momento.
59. Última película no cine? Buuuuuuffffffff! Nom me lembro... foi hai tanto tempo... Dogville, talvez?? Ah nom, umha coreana, penso, algo aborrecida... o ano passado...
60. Dia Favorito do ano?
Que mania coas cousas favoritas!! A gente teoriza mto sobre o que gosta ou nom... A mim nunca se me ocorreu pensar em dias favoritos...
61. Inverno ou verao? Finais de agosto e setembro.
62. Bicos ou abrazos?
Bicos de saúdo, de verdade, de língua. Abraços apertados. É possível que os abraços sejam mais verdadeiros que muitos bicos...
63. Postre preferido? Talvez tiramisú... Tenho um problema... sempre tenho que pensar mto nas cousas preferidas ou favoritas, caramba... Que pouca consciência dessas cousas tenho, ai.
64. Onde é o máis lonxe que estiveches da tua casa? A pérfida albiom.
65. Estiveches namorado algunha vez? Nom che sei. Se o estivem nom me dei conta.
66. Arrependeches-te algunha vez dalgo? Algumha vez, di... Muitas.
67. Cor de ollos preferida: A cor nom me importa tanto como a forma e as pestanas. Os olhos mui claros nom me gostam mto... De resto, tudo bem-vindo!
68. Nome de rapaz e rapaza favorito: E dá-lhe cos favoritos...
69. Fumas? Às vezes. Socialmente.
70. Condóns de laranxa ou limón? Nem de laranja nem de limom.
71. Sexo con amor ou sexo con morbo? Sexo. (a resposta é a mesma que a vossa, mas é que é assi....)
72. Usas algunha muletilla? Suponho que si... Agora que seja consciente... que mundo, que vida, que país, que cousas, eh, nom sei, bueno. Isto nom o deveriam dizer os que nos ouvem falar??
73. Tes algo pendente de facer? Sempre.
74. Un momento especial na tua vida: Nom sei. Podem passar duas cousas: que algo se faga especial co tempo, coas lembranças disso, ou que seja especial no momento e depois co tempo se faga menos especial. Do primeiro, umha vez que me fixerom umha caricinha na cara que eu no momento nom me dei conta do que me acabavam de dizer com isso... adolescências, já se sabe... Do segundo, certas cousas que me me dixerom em certos momentos.
Um mix das duas situaçons... algumhas fodas bonitas.
75. Es feliz? Por momentos.
76. Que hora é agora? As dez e vinte. Caralho po teste...

O amor é uma companhia (10-7-1930)

O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.

Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.


Alberto Caeiro


[aqui mais]

quarta-feira, 19 de julho de 2006

Pois si. Já estou de volta. Passei-no mui bem, mas nom é o meu estilo fazer relato detalhado de aventuras e desventuras, saibam compreender.
Afinal foi algo mais de 1 semaninha. No cantábrico, que maravilha...


Chego e encontro-me com que nom tenho nada pendente academicamente. Alegria alegria! :)
Agora é o começo de umha nova etapa. Miedito!

sábado, 8 de julho de 2006


Ai, o verao. E eu inda mais branquinha que o leite... enfim.
Sei que nom tenho dado mtos sinais estes dias, agora inda darei menos porque vou de vacances. Umha semaninha. A Cantábria, que tb tenhem ano santo. Terei que ver de conseguir a tal "indulgencia plenaria"...
A ver!

terça-feira, 4 de julho de 2006

Esta ternura y estas manos libres,
¿a quién darlas bajo el viento? Tanto arroz
para la zorra, y en medio del llamado
la ansiedad de esa puerta abierta para nadie.

Hicimos pan tan blanco
para bocas ya muertas que aceptaban
solamente una luna de colmillo, el té
frío de la vela al alba.
Tocamos instrumentos, para la ciega cólera
de sombras y sombreros olvidados. Nos quedamos
con los presentes ordenados en una mesa inútil,
y fue preciso beber la sidra caliente
en la vergüenza de la medianoche.
Entonces, ¿nadie quiere esto,
nadie?


(Cortázar, Julio. Salvo el crepúsculo.)
























Ai. Quero umha casa na praia. No seu defeito, um camping. Sozinha. Relaxando. Sozinha.
(perto de, entende-se)

(ninguém me empresta?)

domingo, 2 de julho de 2006


Nom é nada.
Já estamos igual. É o que tem nom atacar às raighanhas. Depois duns dias de euforia, the fall (palavra com umha polisemia verdadeiramente adequada, para algo havia de valer estudar o que se estuda...). Era visto. Agachar o pó debaixo da alcatifa nom é nada. Nom funciona assi. Claro que isto já se sabia. Repito-me, repito-me, repito, reincido.
Sei o que quero. E que podo viver sem, claro. Que nom hai falho, que, no fundo, todos somos fortes fortes. Mas. Mas resulta que nos momentos em que andamos por baixo do nível do mar, isso volta, como fluxo e refluxo das marés, e vem de mãos-dadas com a debilidade. E quê? Nom sei. Deveriamos ter superado e ressabido que a debilidade nom é algo de lo que avergonzarse. Eu que sei.
Hai tempo decidim que as pessoas que nom respondem às mensagens, ou que respondem defectuosamente, nom podem valer a pena. Eu nom sei cousas. Eu decido saber cousas.
Daquela, dizia eu que nom podem valer a pena. De momento meio se cumpre, com matizes. Porém, de todas e cada umha das maneiras, o falho é de quem espera respostas satisfatórias. O falho é de quem busca. As minhas medidas de combate ao défice orçamentário também terão de ir encaminhadas a cortar na despesa da Função Pública e reduzir regalias. Cortar, cortar, cortar agora.
Eu sempre pensara que o meu ia ser sentar no colo, agora parece que o meu é dar colo (o falho é de quem pensa). Mas é só umha sensaçom, porque dar, nom dou nem os bons dias.
Outra cousa, tem a ver coa praxe e os construtos teóricos. Está na hora de decidir cousas. De decidir que está na hora de desfazer-se desse tipo de cousas que fam mal. Malgré tout. Apesar de que depois disso estêe o deserto.
De todos modos, tudo isto é completamente irrelevante. Mejor hacerse a la idea de... vivir.

sábado, 1 de julho de 2006

Pois é

Homens,
gosto de todos,
dos morenos, dos mulatos,
dos branquinhos , dos loirinhos e dos crioulos.

Só tem que ser homem.

Tem homem corno, homem baixo, homem gordo,
homem ingrato, safado, careca, cabeludo,
viado , ousado, temido...

Tem muito, tem muito, tem muito,
tem muito homem.

Pois é, Pois é.

Tem muito homem, hum...

Todo homem que se preza tem que impor respeito,
saber ouvir, falar, escutar, ter dinheiro , celular ,
ser bom de cama, e te respeitar…

Se o homem não tiver nenhuma dessas virtudes,
saia de perto e tome uma atitude.

Porque o verdadeiro homem,
ele te ama, te ama,
te trata, te trata,
com carinho
com respeito
e amor,
e vai te dar por toda vida grandes felicidades,
serão felizes,
este é o homem de verdade…

Pois é.

Homens,
gosto de todos, dos morenos, dos mulatos ,
dos branquinhos, dos loirinhos e dos crioulos,
…só tem que ser homem...
[repete]

Tem muito homem pelas ruas, pelos bares, a noite, de madrugada
É, eu gosto de todos.

Tem muito,
tem muito homem.

[Manu Chao. Próxima estación: esperanza.]