Por decoro
Quando me esperas, palpitando amores,
e os lábios grossos e úmidos me estendes,
e do teu corpo cálido desprendes
desconhecido olor de estranhas flores;
quando, toda suspiros e fervores,
nesta prisão de músculos te prendes,
e aos meus beijos de sátiro te rendes,
furtando às rosas as purpúreas cores;
os olhos teus, inexpressivamente,
entrefechados, lânguidos, tranqüilos,
olham, meu doce amor, de tal maneira,
que, se olhassem assim, publicamente,
deveria, perdoa-me, cobri-los
uma discreta folha de parreira.
Artur Azevedo
4 comentários:
versos, perdoa-me, muito giros :)
ele...esta muller moito fedellas tu no potochop, non? ou como vai o roollo?
que tal todo, deixoche un comment, pa q vexas o meu blog(si..si...son unha desgraciada...) por qpreciso algun comentario, ap que se vexa que se produce dialogo, ou colowuio ou ostias...estos profesores...
hehe bikiños...heiche de levar as trufas, un díadeste....sisi
Si, si, umha desghraciada é pouco, zorrita! :P
E o das trufas a ver se é verdade!
Perdoo-te, perdoo-te, homedareia.
Giros mesmo!
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