"Conta, conta."
"E que mais contas?"
Um, dous, três, quatro, quarenta mil.
Nom se me dam especialmente bem os números.
Contai-me vós, contai-me.
Contai-me os dedos das maos e dos pés, a ver se tenho os reglamentários ou se confirma umha certa monstruosidade latente. Os olhos na testa, som dous? A b-o-c-a. 1? A língua nom é bífida?
Eu só sei contar cousas que nom som cousas, maldades, penas. Negras.
Inda bo é que vem o inverno a fazer jogo! Inda bo é que o inverno é que tem licença para escurecer as vidas, os céus, as chuvias, o aire que zoa.
Que alívio ter licença...
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