quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Com motivo do famoso dia de autos que está por vir, e o previsível perigo para os coraçoes sensíveis, deixo-vos um link altamente recomendável ao meu ver com o que tropeçara hai tempo já e pareceu-me que hoje era umha ocasiom adequada para partilhá-lo convosco.
Nom é preciso dizer que concordo essencialmente com o que aí se diz e por isso o comparto. Porque apesar de que às vezes a alguns algumhas cousas nos pareçam de caixom, a outras pessoas parecem-lhes pura heresia (inda que com o sacrílegas que somos às vezes, como nos presta!).
Deixo-o agora mas hei de voltar a isto. Por enquanto, comentem se quiserem. Acho que desta vez merece um pouco a pena. Para um dia que hai algo que convida remotamente à reflexom! :P
(Porque as pessoas às vezes som tam infelizes...)

6 comentários:

Clochard disse...

E em que se baseia este homem para dizer que «tivemos séculos para experimentar o amor romântico»? Que generalização.

La queue bleue disse...

Oh God! Cruzifiquemo-lo!

Agora a sério, eu pessoalmente acho que nom fazeriam falta nem séculos de experiência para opinar que o mito do amor romântico nom só é idealizado e artificial como também é mau para as pessoas. Mas talvez haveria que começar por definir que entende cada um de nós por amor romântico ou que se entende na sociedade. E depois, criticar ou aderir.

Clochard disse...

Não digo que o cruzifiquemos... É que precisamente é o que tu mesma dizes: que é o amor romântico? Como se vivia o amor há 400 anos? (digo eu que haveria amores românticos e matrimónios de conviniência, como hoje e como vem sucedendo desde tempos imemorais...). E depois, dizer como era o amor, e assim depois podemos nós criticar ou aderir. ;)

La queue bleue disse...

É que precisamente nom se trata de como efectivamente viviam o amor romântico há séculos, nom te perdas em detalhes que a nós pouco nos dizem actualmente, salvo o valor histórico/estatístico/anecdótico que para a questom que nos ocupa é tangencial. Trata-se, porém, de como se vive o amor hoje, como se entende, o que se espera dele, que ideia de como debe ser o amor romântico predomina na actualidade. E aí, meu querido Clochard, nom hai mais que ver o que dizem os cânones. Além do mais, essa ideia de amor romântico como construcçao ideológico-cultural pouco mudou com o passo dos séculos.
O que a gente entende hoje (nom o que experimenta --aqui, na práctica, por citar o teu exemplo, cabem matrimonios de conveniencia e todo o mais-- mas o que se supoe que é o amor) vemo-lo todos os dias em filmes, músicas, amigos, dias dos namorados etc. E é raro encontrar algum disidente ou alguém que nao acredite nessa história da cada metade/soul mates e conceitos similares (que eu considero, com toda a sua parafernália de ciúmes e possessividade, uma criaçao, um mito, aliás, um mito até doloroso). Isso condiciona a sua/nossa realizaçom como pessoas.

Clochard disse...

Pois não sei... Eu diria que se vê mais o rolho de «folla bien (ou mais do que que bem muito) y no mires con quién». A parte da visível caça nocturna, que se produz em toda parte, observa como à juventude de hoje lhe dá corte dizer que tem um «moço» ou uma «moça»; esse tipo de linguagem politicamente incorrecta parece que cria sarpullidos (no vaya a ser que digan que me dominan, que estoy en una relación posesiva...). Hoje em dia o «chic» é mais bem ir de Paris Hilton... Hoy me ha salido un rollo, mañana otro, a este me lo tiro, después lo tiro...

Que não, mulher, que não. O rolho esse de lagrimejar vendo o Gary Cooper tomando a heroína nos seus braços é-che cousas das nossas mães.

Outra cousa, claro, é que exista uma lógica, humana (enraizada na genética dos homo sapiens, diria eu) necessidade de afectividade sexual correspondida. Claro, se essa necessidade existe, mas depois a gente porfia em ir contra ela porque tem metida na cabeça essa ideologia pseudo-progre do «yo no pertenezco a nadie», pois claro, é lógico que haja bastantes problemas depressivos na sociedade actual.

(Que, por outra parte, digo que é ideologia pseudo-progre porque a mim parece-me, mais bem, a culminação da cultura egoísta atomizadora propugnada pela pior variedade do capitalismo.)

La queue bleue disse...

Lamento mas nao posso mais que discordar. Será que vivemos em mundos diferentes ou será o choque generacional? ;P Há-de ser simplesmente que estamos a falar de cousas diferentes, tu falas de como se relacionam as pessoas sexualmente e eu falo de um tipo concreto de relacionamentos, que no fundo todo o mundo espera topar, em particular, falo desses que tu dizes que dá vergonha etiquetar como moço ou moça, o qual nom sei de onde o tiras, porque eu conheço bastante gente que está encantadíssima com os seus moços/moças respectivos. Como a atençom é selectiva, deve ser que eu só reparo no “amor” e tu só reparas no “sexo” :P
Agora, é claro que essa necessidade afectivo-sexual de que falas existe, ninguém duvidou, mas voltamos ao mesmo, estamos a falar de cousas diferentes. Eu apontava mais à forma em que as pessoas anseiam realizar essa necessidade. Aos mitos criados arredor disso. Que ainda estão vigentes e que, ao meu ver, nom som sans e som artificiais. Isso nom impede que haja novas criaçons (Sex and the city e o que tu falavas), mas ainda por baixo dessa onda de libertinagem, subsistem os dogmas dos relacionamentos desejáveis e que conduzem irremediavelmente à felicidade :P. Um pode-se divertir quando é novo, deitando-se com este ou com aquela, e até é guai quantos mais melhor, aí concordo, mas lo cortés no quita lo valiente e isso como estilo de vida para sempre nom me parece que saísse em nengum DOG.