Por petiçom particular e tamém porque é bonito e vale a pena partilhar, coloco aqui este poema que podem ouvir aqui, ouçam, ousem e desfrutem.
Descalça vai para a fonte
Leonor, pela verdura;
Vai formosa e não segura.
O testo nas mãos de prata,
Cinta de fina escarlata,
Saínho de chamalote.
Traz a vasquinha de cote,
Mais branca que a neve pura;
Vai formosa e não segura.
Descobre a touca a garganta;
Cabelos de ouro entrançado,
Fita de cor de encarnado,
T ão linda que o mundo espanta.
Chove nela graça tanta
Que dá graça à formosura;
Vai formosa, e não segura.
Luiz de Camões
2 comentários:
Obrigado, ó formosa mas não segura.
Estava a ver que aquilo tinha-o eu no poço da memória. Não está tudo perdido.
E obrigada, também, por mo desempoçares.
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