segunda-feira, 5 de novembro de 2007



1. As viagens estám bem. Vês sítios bonitos, ris-te, vês mais sítios. Pero nom sei por que razom a gente sempre se enfada e o dia depois é como umha ressaca.
2. É por essas e por outras que vejo que estou a desenvolver umha perigosa misantropia sazonal que de nom ser devidamente curada desembocará numha descrença crônica nas pessoas.
3. Este cliché de escritor que já publicou (ou de aficionado à literatura) que leva anos preparando a seguinte novela que nom dá saído, é verdade ou é só personagem fílmico-livresca?
4. Novela por entregas, epistolar ou blogue?
5. Creio, definitivamente, que o que acontece é que as pessoas, algumhas, simplesmente resolvem iludir-se e acreditar e por isso sentem e vivem e mordem. Pero eu, eu nom podo, nom podo, nom podo com elas, parecem-me tam naïves.
6. Nom me gosta a gente que nom fala, senom que cita e recita e nom só contente com nom dizer nada próprio (cousa bastante impossível para qualquer um, óbvio, por algo somos puzzles de influências), regocija-se em mostrar-lhe ao mundo a sua extensa erudiçom (devo confessar que a níveis menores, eu própria tenho feito cousas do tipo, mas más por poesía que por verdad.)
7. Pola mesma razom, parece-me idiota a gente que fala de sexo (mais do que falar, escrevem em blogues) com arrogância. Como se todos os demais fôssemos um monlho de frígidos (especialmente frígidas, dado que já se nos pressupõe), que nom sabemos follar nem usufructuar os intensos, profundos e húmidos mistérios do sexo (nem em frequência nem em qualidade, claro), além de uns retrógrados que consideramos qualquer cousa que vaia mais alá do papai-mamãe umha perversom aberrante, desde porno a sado, passando por qualquer cousa pola que haja que passar; como se o sexo fosse como coleccionar cromos, ter um BMW ou um Audi.

Ai, paciencinha...

[Imagem]

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