quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Mosquitos, casualidades e redeiras



Eu nom sei se som doce, se os meus beixos som doces, nom o sei. Sei é que a vida é 1 teia de aranha em que algumha penélope mal fadada ou bem achada se dedica a tecer interminavelmente casualidades cruzadas nas órbitas do tempo como um tapiz renacentista, fiando vidas e caminhos e cores uns com outros; ou talvez seja algumha parca entediada que gosta de Kandinsky, Van Gogh ou da arte andina, nom sei. O que me tenhem dito desde pequena é que seica tenho o sangue doce e por isso os bichos me picam. Às vezes gostaria de ser ti ou ele para beijar-me e provar-me e saber em espelho como sei, se doce ou fresca ou essas cousas que se dizem às vezes. O conto é que neste novembro atípico, embora nom tropical, nom me dam deixado os bichos, vários, que me rondam. Quando por fim parecia que já me livrara, descubro novas e molestas evidências da sua presença na pele. Nom era que morriam ou algo nesta época?


quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Oh, meu deus, meu deus, o que topei outra vez por aí polo mundo!!! (de puritita casualidade, claro!)
Vejam e, sobretudo, confiram, se fam favor:

Preliminares:

CARNEIRO: Não tem tempo para preliminares.
TOURO: Começa e continua… Continua… Continua…

GÉMEOS: Quer um ménage à trois.
CARANGUEJO: No jacuzzi.
LEÃO: Compra disfarces.
VIRGEM: Toma banho antes, durante e depois.
BALANÇA: Não se quer decidir se quer ou não…
ESCORPIÃO: Quer a toda a hora e todo o dia.
SAGITÁRIO: À luz das estrelas.
CAPRICÓRNIO: Prefere ficar por cima.
AQUÁRIO: Gosta de multidões.
PEIXES: Desmaia com a beleza do acto.


:D
E comentarios depois do sexo:

Carneiro: "Ok, vamos fazê-lo outra vez!"
Touro: "Estou com fome - passa-me a pizza."
Gémeos: "Viste o comando da televisão?"
Caranguejo: "Quando é que casamos?"
Leão: "Não fui fantástico?"
Virgem: "Preciso de lavar os lençóis."
Balança: "Eu gostei se tu gostaste."
Escorpião: "Talvez seja melhor eu desamarrar-te."
Sagitário: "Não me telefones - Eu telefono-te."
Capricórnio: "Tens um cartão de visita?"
Aquário: "Vamos tentar agora sem roupas!"
Peixes: "Como é que disseste que te chamavas?"

[A mim quasequase me acerta, hihihi. ;) ]

Hai algum doutor na sala?!






Rápido, rápido, necessito algo de espontaneidade escritora
!!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Bom, a segunda cousa mais á mão que procuro por 7 páginas, tradicional número mágico, nom chega à página 161, portanto nom tem quinta frase; mas a terceira cousa, agora si, dá nisto (é o que tem nom fazer trampas):

Alén diso, no seu caso, proseguiu clarexando aquela mente prodixiosa, hai unha penalización extraordinaria pola orixe periférica da transferencia, ao que lle temos que acrecentar un gravame comunitario e o cobro dun selo fiscal nacional. Mirei-no e, entendendo, puxem cara de nom entender e lamentei nom ter mais um botom da blusa desabotoado porque assi polo menos, embora aínda inevitável, poderia ter sido um pouco mais divertida a visita ao banco mas o único que puidem fazer foi inclinar os ombreiros para adiante de modo a evidenciar o caminho cara a recantos mais turbadores e menos financeiros, ou talvez nom. Todo isto porque apesar das lentes, ou graças á combinaçom das lentes, as entradas incipientes e umha idade indefinida a partir dos 30, pudem notar umha olhada mal dissimulada ao botom impertinente e nom quixem evitar o nascimento dumha intuitiva vontade danada de enredar.



Como vedes, apesar da prosaicidade aparente da condenada 5ª frase do caralho do terceiro livro (ou talvez pola sua poética evidente), nom quixem tampouco de nengumha maneira evitar cair na tentadora heterodoxia de cabaré de microrrelatar (e poria-lhe de título algo tipo "Femme fatale" ou algumha outra parvada).
Depois da heresia literaria e como pessoalmente adoro convites pessoais, permito-me fazer os cinco correspondentes e dar as graças a deus porque regulamentariamente nom hai que fazer mais de meia dúzia (ainda que claro, calquera um que passe por aqui também está convidado): o ictioscopio, a selva, o paideleo, o sugar kane e a aultre.


[Imagem]
Pois de blogue a blogue e de curioseos vários e recentes feed-readeiras adquisiçons, decido aceitar um desafio a quem passe por ali porque, a pesar do muito que gosto de desafios pessoais, passava mais que por ali e em efeito gostei do assunto.
Coincide que última e casualmente tenho tido livrichos à mao por diversos motivos como limpeza que fixerom de biblioteca ou laborais consultas de ediçons facsímiles e subsequentes minutos sentada entre os estantes da tal biblioteca onde repousavam, entre lixos vários, as tais ediçons consultadas e onde se me iam os olhos atrás de certos tentadores livros; daí a desafios como caídos do céu é um passo natural.
O caso é que é que livro próximo e sem procurar hai aqui um no sofá mas para que tenha página 161 vou-me ter que ir até o quarto e mirar ali porque acá o libro do esperma "só" chega a cento vinte e pico.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007


Francamente, creio que necessito nom saber (graças ás opinions mais que fundadas das minhas amigas e a certa intuiçom felina) se a pessoa que tenho em frente é boa de cama.
Na sala de estar [2] sem fazer muita cousa e de repente chega este e queda por ali de pé e pergunto-lhe:

–Eiii, ¿qué haces?
–Estoy.

domingo, 18 de novembro de 2007

Ofelia

Esta ofelia no es la prisionera de su propia voluntad
ella sigue a su cuerpo
espléndido como un golpe de vino en medio de los hombres
su cuerpo estilo renacimiento lleno de sol de Italia pasa por buenos aires
ofelia yo en tus pechos fundaría ciudades y ciudades de besos
hermosas libres con su sombra a repartir con los amantes mundiales
ofelia por tus pechos pasa como un temblor de caballadas a medianoche por Florencia
tus pechos altos duros come il palazzo vecchio
una tarde de verano de 1957
iba yo rodeado de tus pechos sin saberlo
era igual la delicia la turbación el miedo
las sombras empezaban a andar por las callejas con un olor desconocido
algo como tus pechos después de haber amado
eras oscura ofelia para entonces y enormemente triste
una adivinación una catástrofe
un oleaje de olvido después de la ternura
una especie de culpa sin castigo
de furia en paz con su gran guerra
andabas por Florencia con tus pechos yendo y viniendo por las sombras
con saudade de mí seguramente
tu hombro izquierdo digamos
lloraba a tus espaldas o largaba sus ansias lentas en el crepúsculo y ellas venían a mi sangre
o eran un temblor como un presagio
gracias te sean dadas ojos míos
yo les beso las manos bésoles muy los pies
gracias narices muchas gracias oídos con que escucho los ruidos
de la ofelia
antes apenas era una ciudad de Italia
sus tiros me llenaban de otra desgracia el corazón.

Juan Gelman

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Escuito a mesma cançom umha e outra vez. Cheiram-me as maos a cascas de laranja ácida do país. Chegou o outono e ando a ler certos líricos sudamericanos tam alegremente que em mim ficam unicamente as sensaçons. Ali em Novembro é verao e aqui ainda é este domingo em que acaba de fazer a sua húmida e categórica entrada o outono que até hai nada acariciava tímido umha intençom de folhas a cair e frio coa ponta dos dedos; que si, que nom, que si, que nom, que si. Pa-re-ce-que-cho-ve.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007


Vamos ver, carinho, é que eu nom som normal.
Nom é umha desculpa, é um facto.
E eu compreendo, claro que compreendo,
nom vaias pensar,
porque,
basicamente,
eu tamém gosto,
até certo ponto,
de pessoas normais,
easy to use,
sim,
dessas
que venhem com abre-fácil sócio-cultural.





[Imagem]

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

A louça

Eu nom sei para que estudei umha carreira se do que realmente gosto é de lavar a louça.
Relaxante, gratificante, até divertido...
Um bálsamo, um gosto, umhas musiquinhas de fundo, um estropalho decente, com parte "salvauñas" e parte bem áspera e dura, claro; outro de alumínio por se as cousas se ponhem difíceis) e a gozar.
No final, certamente, deixar o fregadeiro bem limpinho.



Mmmmmmmmmmmmmm!

Claro que se o fixesse todos os dias... talvez deixasse de ser um prazer.

(:-O Que drama! )


[Imagem]



Na sala de estar:

Aiiiii, nadie me quiere, nadie me escribe y nadie visita mi blog.

Bienvenida al club de los olvidados.

domingo, 11 de novembro de 2007


A beleza é um sentimento.


segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Ala, ala, o que topei!! hehehhe Tinha que postá-lo, claro.

Frases de engate dos signos do zodíaco:

CARNEIRO: Estou a arder. Posso partilhar o teu repuxo?

TOURO: Tinha de vir falar contigo. A doçura é o meu ponto fraco.

GÉMEOS: Tens algum livro em atraso para entregar na biblioteca? É porque tens a palavra “multa” escrita em todo o lado.

CARANGUEJO: Tens aí 1€ que me emprestes? É que quero telefonar à minha mãe para lhe dizer que acabei de conhecer a pessoa com quem vou casar.

LEÃO: Está quente aqui ou sou só eu?

VIRGEM: Querido(a), deves ser uma vassoura porque acabaste de me varrer o coração com tanta emoção.

BALANÇA: Se tivesse uma rosa por cada vez que penso em ti, levaria o resto da minha vida só para atravessar o meu jardim.

ESCORPIÃO: Em tua casa ou na minha?

SAGITÁRIO: Olá, estou a elaborar um projecto sobre as melhores coisas da vida. Posso entrevistar-te?

CAPRICÓRNIO: Foste sempre assim tão querido(a) ou tiveste de te dedicar a isso?

AQUÁRIO: És quente. Deves ser o/a causador(a) do aquecimento global.

PEIXES: És tão bonito(a) por dentro como és por fora?

Acerta-lhes?
O certo é que, no meu caso, passo a vida a dizer isso :P
Mas nom necessariamente para engatar (a nom ser que seja inconscientemente, uuuhhh), é que está muito calorrr no mundo mesmo!


1. As viagens estám bem. Vês sítios bonitos, ris-te, vês mais sítios. Pero nom sei por que razom a gente sempre se enfada e o dia depois é como umha ressaca.
2. É por essas e por outras que vejo que estou a desenvolver umha perigosa misantropia sazonal que de nom ser devidamente curada desembocará numha descrença crônica nas pessoas.
3. Este cliché de escritor que já publicou (ou de aficionado à literatura) que leva anos preparando a seguinte novela que nom dá saído, é verdade ou é só personagem fílmico-livresca?
4. Novela por entregas, epistolar ou blogue?
5. Creio, definitivamente, que o que acontece é que as pessoas, algumhas, simplesmente resolvem iludir-se e acreditar e por isso sentem e vivem e mordem. Pero eu, eu nom podo, nom podo, nom podo com elas, parecem-me tam naïves.
6. Nom me gosta a gente que nom fala, senom que cita e recita e nom só contente com nom dizer nada próprio (cousa bastante impossível para qualquer um, óbvio, por algo somos puzzles de influências), regocija-se em mostrar-lhe ao mundo a sua extensa erudiçom (devo confessar que a níveis menores, eu própria tenho feito cousas do tipo, mas más por poesía que por verdad.)
7. Pola mesma razom, parece-me idiota a gente que fala de sexo (mais do que falar, escrevem em blogues) com arrogância. Como se todos os demais fôssemos um monlho de frígidos (especialmente frígidas, dado que já se nos pressupõe), que nom sabemos follar nem usufructuar os intensos, profundos e húmidos mistérios do sexo (nem em frequência nem em qualidade, claro), além de uns retrógrados que consideramos qualquer cousa que vaia mais alá do papai-mamãe umha perversom aberrante, desde porno a sado, passando por qualquer cousa pola que haja que passar; como se o sexo fosse como coleccionar cromos, ter um BMW ou um Audi.

Ai, paciencinha...

[Imagem]