Desde sempre, ao menos até onde podo recordar, fum mui consciente de que todos (nós e eles) somos iguais, que ninguém era mais que ninguém, mas depois comecei a matizar essa ideia inicial e a pensar que somos
verdadeiramente iguais.
Essencialmente iguais. Mesmas inquietudes, mesmas alegrias.
No entanto, e sem sentir nengum conflito interno por culpa da aparente contradiçom, tenho muita curiosidade por eles (já isto nom é desde sempre, só desde hai uns anos) porque representam em certo modo o desconhecido. O fascínio. O mistério. O inexplicável.
Porém, com as mulheres isso nom me passa tanto.
Contudo, na minha defesa e para desfazer contradiçons (se somos todos a mesma cousa, por que as mulheres nom representam,
a priori, o incógnito?), o feito é que nos educam para sermos diferentes e nós nom sabemos muito o que lhes aprendem a eles. E acabamos aparentemente diferentes (mas basicamente iguais, insisto).
Além disso, em realidade as mulheres tamém me resultam estranhas (apesar de que elas e eu estudamos na mesma escola), compreendo-as só um pouco mais e,
se o penso bem, rompem-me tanto a cabeça como os homes com atitudes, reacçons, histórias que nom entendo ou que entendo igual de mal. O que passa é que tampouco nos ensinam às mulheres a dizer que às mulheres nom hai quem as entenda (e tampouco os homes aprendem a dizer que aos homes nom hai quem os entenda). E por isso. Realmente, polo menos eu, encontro a
gente em geral até certo ponto incompreensível, a pesar de que tamém creio que
no fundo (em essência, outra vez) somos bastante simples. Pero custa-nos, custa-nos assumir e, consequentemente,
pensar e analisar as cousas de maneira simples. Pensamos
de mais.
Nunca ninguém acredita que somos substancialmente iguais, nem se predica nem se pratica, infelizmente. E sobretudo é umha questom, como tudo na vida, de fé (passa como com as utopias e o impossível, se assumimos que é irrealizável, nunca acontecerá). Em realidade, nom me importa se é certo ou se hai diferenças estruturais abismais, nem me importa o que digam estudos de universidades americanas ou documentários da bbc. Gosta-me (ou necessito) crer que é assi.
Por outro lado, como as emoçons tenhem muito a dizer em tudo (por exemplo no que cremos ou no que queremos crer), ultimamente ando a pensar com mais frequência do habitual que cada vez gosto menos de homes; ainda que em realidade gosto igual de pouco das pessoas,
se o penso bem. Melhor nom pensar.
Por momentos, algum muchacho e algum detalhe fam que me reconcilie co mundo.