domingo, 25 de junho de 2006

-É fascinante usar todos os recursos g(ir)áficos que nos oferece o meio para dar-lhe expressividade e intensidade ao texto. Maiúsculas, cores, tamanhos, tipos de letra, disposiçons mais ou menos estranhas no plano, etc. e, em menor medida, os tradicionais pontos, comas, interrogaçons, parênteses. Porém, também é admirável ser capaz de dar-lhe intensidade e expressividade ao texto prescindindo de enfeites desses, só coas palavras, ao estilo clássico. A simplicidade que che bate na cara e che deixa os dedos marcados.

-Admiro-me da minha capacidade de que me dêem igual as mentiras. Nom me importa que me mintam. Sempre que nom me enganem, isso si. Por isso tanto me tem que nom me digam a verdade, porque se isso é irrelevante, se nom acredito nem deixo de acreditar porque me resulta indiferente, quando resulte que era mentira, pois nom vai ser engano porque me é igual. Admiro-me das minhas habilidades para o distanciamento, para a insensibilidade. Vaia, que terrível. E que prático.


[foto]

Sem comentários: