terça-feira, 5 de junho de 2007

Imaginaçom.

Definitivamente, escrevo isto alicatada por nom sei que sensaçom definível nom sem certo esforço, mas com a clarividência de saber que hai algo em ti, si, em ti, que me perturba irremediavelmente. Poida que seja porque me lembras, dumha maneira estúpida e sem especiais razóns aparentes, a certo polvo rápido que me deixou como um envoltório de gelado, lambido, manchado de nata e coa promessa nom dita de que hai mais verao por diante. E nom, porque até devia ser outubro. Passei da curiosidade tranquila á curiosidade fascinada, mas agora hai qualquer cousa parecida de longe co receio que me agarra do braço. Nom sei é por umha cousa ou por qualquer outra. Mas nom quero espreitar mais na tua cama. Talvez porque sei que fixem mal, descobrim um segredo que nom devia e agora o sangue nom dá saído da chave.
É tarde, teria que dormir, mas inquietache-me...


[Imagem]

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