Si bien es cierto que eu sempre ando na pola, afinal tudo se sabe.
Como com o excesso de açúcar as minhas neuronas estám sobrealimentadas e por aí andam todas tiradas que nom podem com a barrigola, nom ando com luzes para post nengum novo, e muito menos para posts natalícios, daquela, estou, entre tomar o sol e mirar o correio, a descobrir estes dias umha cheia de blogs "novos" para mim, isto é, estou a descobrir que a blogaliza (entenda-se como blogosfera galicienne) tem "novos" e interessantes membros, qual polvo de Natal. Nom vou enlaçar, eu uso o hipertexto com frugal moderaçom, bem sabedes, e, além do mais, assi deixo-vos liberdade para investigar (o método heurístico era isto?) permitindo que o azar, a curiosidade e a causalidade, perdom, a casualidade, fagam maravilhas.
Mas o que me mola destes blogueiros que andam por aí é que som un rollo diferente. Sem as pretensons características do clássico método cultural galego: um pouco de saudade, etnografia, vitimismo moderado, orgulho também moderado, enxebrismo!!! enfim!
É como (bem) me dizem: " parece feito com aquela cousa do Gerador Automático de Poesia Galega, dos aduaneiros".
De resto, meus senhores, a tradicional felicitaçom de rigor, mas nom por isso menos sincera, feliz ano a todos! Continuem tam estupendos ;) e boas festas retroactivas (and remember, don't date robots!).
Tô te explicando pra te confundir; tô te confundindo pra te esclarecer
quarta-feira, 27 de dezembro de 2006
domingo, 17 de dezembro de 2006
Superafavor!
Creio que é bem interessante que lhe botem um olho (quem di olho, di qualquer outra cousa :P ) a esse projecto.
A ideia é que o maior número de pessoas tenha um orgasmo pola paz no dia 22 de dezembro. É umha iniciativa séria (com investigaçom científica e tudo!) e sobretudo gostosa. Nom se perde nada por participar numa experiência científica e solidária destas, é tudo a ganhar. ;)
Portanto, na sexta já sabem: sós ou acompanhados, na cama ou na mesa da cozinha, berrando ou gemendo... animem-se a participar ;)
Mal nom vai fazer :D
Creio que é bem interessante que lhe botem um olho (quem di olho, di qualquer outra cousa :P ) a esse projecto.
A ideia é que o maior número de pessoas tenha um orgasmo pola paz no dia 22 de dezembro. É umha iniciativa séria (com investigaçom científica e tudo!) e sobretudo gostosa. Nom se perde nada por participar numa experiência científica e solidária destas, é tudo a ganhar. ;)
Portanto, na sexta já sabem: sós ou acompanhados, na cama ou na mesa da cozinha, berrando ou gemendo... animem-se a participar ;)
Mal nom vai fazer :D
Orgasmo múltiplo, simultâneo e global.
¿Quién? Todos los hombres y mujeres, tú y todos a los que conoces.
¿Dónde? En todo el mundo, pero especialmente en países con armas de destrucción masiva.
¿Cuándo? El día del solsticio de invierno, viernes 22 de diciembre, a la hora que decidas, en el lugar de tu elección y con tanta privacidad como desees.
¿Por qué? Para provocar un cambio positivo en el campo energético de la Tierra mediante la mayor oleada de energía humana posible en un Orgasmo Global Sincronizado.
The Global Oh!
sábado, 16 de dezembro de 2006
quinta-feira, 14 de dezembro de 2006
É que um já nom sabe...
terça-feira, 12 de dezembro de 2006
Jogando outra vez.
Por decoro
Quando me esperas, palpitando amores,
e os lábios grossos e úmidos me estendes,
e do teu corpo cálido desprendes
desconhecido olor de estranhas flores;
quando, toda suspiros e fervores,
nesta prisão de músculos te prendes,
e aos meus beijos de sátiro te rendes,
furtando às rosas as purpúreas cores;
os olhos teus, inexpressivamente,
entrefechados, lânguidos, tranqüilos,
olham, meu doce amor, de tal maneira,
que, se olhassem assim, publicamente,
deveria, perdoa-me, cobri-los
uma discreta folha de parreira.
Artur Azevedo
segunda-feira, 11 de dezembro de 2006
O que me dizem (2).
"Isso significa que nom. Os teus 'nom sei' já sei eu o que significam."
Mmmmm. Nom sei, mas parece-me que nom é bem assi. O que si é certo, reparei nisso, é que me custa dizer "nom" directamente, a secas. Para dry, a dry martini, please.
sábado, 9 de dezembro de 2006
Está-me a dar o sol na cara e quenta-me umha orelha.
A matança, ourego para a zorza, as filhoas.
Feijoas, diospiros, laranjas, kiwis, granadas.
E depois ainda hai quem se estranha de que goste deste inverno (tropical)?
domingo, 3 de dezembro de 2006
Hoje... está a ser um dia estranho...
Deixei-te, deixamo-nos intranquilamente tranquilos.Nom, senhores, nom é isso que estám pensando.
Mas é triste, si que é triste...
E por outra parte, está esta toda actividade frenética blogueira de hoje!!
Algo acontece, será um alinhamento de planetas?
Será que a chuva que apanhei desde a estaçom dos buses à casa
era umha chuva... de estrelas cadentes?
Será que um finde que começa e acaba, bom, com bombons
é assi, digamos, especial como este?
Como chocolate amargo ou como um véu de sete cores e, contudo, a chuva.
sexta-feira, 1 de dezembro de 2006
O que me dizem (1).
"enton estas dicindo que entre todolos homes non pode haber mais de un e de dous os que lles excite a tua mirada?"
quinta-feira, 30 de novembro de 2006
terça-feira, 28 de novembro de 2006
Acabo de me erguer (sí, lo sé), depois de umha manhã a dar voltas (e nom só) na cama. Já alguém amaldiçoou a imaginaçom?
Abro a janela e essas cousas e está a dar o sol!
Timidamente, é verdade, mas está a dar o sol sobre a pedra toda molhada. Nom é um sol de secar, claro, é um sol que sai porque o dia se espreguiça.
Abro a janela e essas cousas e está a dar o sol!
Timidamente, é verdade, mas está a dar o sol sobre a pedra toda molhada. Nom é um sol de secar, claro, é um sol que sai porque o dia se espreguiça.
segunda-feira, 27 de novembro de 2006
Oye, yo era como un mar dormido...
Oye: yo era como un mar dormido. Me despertaste y la tempestad ha estallado. Sacudo mis olas, hundo mis buques, subo al cielo y castigo estrellas, me avergüenzo y escondo entre mis pliegues, enloquezco y mato mis peces. No me mires con miedo. Tú lo has querido.
[Foto daqui]
sábado, 25 de novembro de 2006
quinta-feira, 23 de novembro de 2006
De Compostela trouxem umha cançom,
umha subida ao paraíso e as maniotas correspondentes (cousa da falta de costume),
um descenso acidentado
e umha sombra que ainda me ronda, morena;
um par de filmes a esvoaçar no horizonte,
a carvalheira de sam lourenço,
passeios, um biquinho, um maço de tabaco e um chisqueiro que me deu um camarero,
conversas, alguém com ciúmes (de mim, creio), lembranças compartidas, acusações de narcolepsia,
a plena consciência de umha mulher doce
e muitas risas.
umha subida ao paraíso e as maniotas correspondentes (cousa da falta de costume),
um descenso acidentado
e umha sombra que ainda me ronda, morena;
um par de filmes a esvoaçar no horizonte,
a carvalheira de sam lourenço,
passeios, um biquinho, um maço de tabaco e um chisqueiro que me deu um camarero,
conversas, alguém com ciúmes (de mim, creio), lembranças compartidas, acusações de narcolepsia,
a plena consciência de umha mulher doce
e muitas risas.
sexta-feira, 17 de novembro de 2006
terça-feira, 14 de novembro de 2006
segunda-feira, 13 de novembro de 2006
Prefiro escrever em quente e nom agardar à noite, onde quizais melhora-se o estilo mas perderia espontaneidade. Consideraçons estúpidas. O caso é que hoje aconteceu algo nojento.
Cheguei hai um pouco. Vinha no bus, de Vigo para Ponte Vedra. O bus do qual eu sempre me queixo que vai parando por tudo Vigo, nom só no Areal. No Areal subiu umha cheia de gente. Co tranquilinhos que iamos até esse momento...
-Este é o que vai a Ponte Vedra, nom si?
-Onde queres ir, arriba ou abaixo?
-Dos billetes, por favor.
Era um autobus de duas plantas. Eu ia na d'abaixo. Tinha a bolsa pendurada no asiento e a mochila no chão, entre as pernas, no meu lugar. Nisto que se senta um home ao meu lado. Nom era um velho, teria uns 40 anos. Parecia um pouco inquieto. Nom parava de mover-se e de ranhar a barba. Sentou-se coas pernas exageradamente abertas, de modo que tinha a sua perna esquerda tocando a minha. Nesse momento umha nom quer acreditar, mas já se dá conta. "Será mentres se acomoda". Nom, nom era mentres se acomodava. Começou a fazer pressom coa perna contra a minha. Nom continuamente, empurraba um pouco, deixava estar, voltava a empurrar. Arrimou-se mais. Eu estava de braços cruzados. De repente arrimou também o cóbado. Meio se esfregava. Era antes de entrarmos na autoestrada, eu já nom sabia que fazer. Ia-me apartando pouco e pouco mas nom podia, nom tinha para onde. O meu lugar era o da janela. Pensei em berrar bem alto e bem malhumorada: "Nom colhe no sítio??". "Se nom colhe, cambio-me" e cambiar-me. Pensei-no. Ia pensando nisso todo o caminho, pero nom dizia nada. Quitou a chaqueta que traía. Puxo-a enriba das pernas. Decidim fazer um movimento brusco para ver se parava. Colhim a mochila que estava no chao e puxem-na no colo. Pudem mover um pouco mais a perna e fugir-lhe. Centímetros. Parou um momento. Voltou.
Na ponte de Rande, ao entrar, arrimou-se mais contra mim. Eu devia ter a cara mais séria do mundo. Só fazia mirar pola janela, de braços cruzados, nom me atrevia a mover-me. Nom poderia ainda que quixesse, estava quase colada ao cristal. A cada pouco, apretava-se mais contra a minha perna.
Pensei em dizer o de se nom colhia no asiento outra vez.
Lembrei-me doutra cousa parecida que me passara num vitrasa. O bus ia vazio praticamente. Estava eu e duas ou três pessoas mais. Subiu um velho. O bus estava vazio. Veu-se sentar ao meu carom. Deve ser a técnica estabelecida, pegou a sua perna à minha. Depois moveu o braço e pegou-no ao meu corpo. Pouco e pouco. Depois puxo a mao na sua perna. Depois a mao estava entre a sua perna e a minha. Depois estava na minha. Nesse mesmo momento, levantei-me como um raio, ainda faltava para a parada, dixem: "Perdom, deixa-me passar?" e saim dali. Dei-lhe ao botom da parada. Ainda faltava. Chegamos. O velho baixou-se na mesma parada que mim. Ao princípio pensas que é sem querer. Depois nom queres acreditar que seja à posta.
Que se fai??? Que se fai nestas situaçons??? A mim ninguém me ensinou a saber o que fazer. Ensinarom-me matemáticas, a classificaçom dos substantivos, a diferença entre hay, ahí e ay.
O bus ia cheio. Diante havia quatro mulheres, no asiento do outro lado do corredor havia outro home.
Num instante fiquei paralisada: o home meteu a mao por dentro dos pantalons. Começou a mover o braço. Eu nom acreditava. Começou a esfregar-se contra mim e a bater umha punheta.
Sentim ganas de chorar durante um momento. Depois enfadei-me muito, indignei-me. Sentim grande nojo e um desprezo imenso polo home aquele.
Estava muda e quieta que nem umha estátua.
O único que pensava era "dios mío, a ver se chegamos dumha vez", "a ver se chegamos logo", "temos que estar já a chegar", "que cheguemos dumha puta vez, por dios". "A ver se este filho de puta fica coa palha a medias, hóstia!!!!". "Por que nom lhe berraria antes, por quê??"
Por que a gente (os homes) fai (fam) estas cousas? Que lhes passa pola cabeça para fazer umha cousa dessas? Que classe de educaçom, de sociedade, de valores?
De quando em vez, o home mirava para mim.
Correu-se justo ao entrar em Ponte Vedra. Lançou um suspiro. Sacou a mao e limpou-se contra a camisa. Várias vezes. Sem dissimular.
Ao parar o autobus, baixou quase de primeirinho e liscou. Eu saim um pouco depois. Até aquele momento pensava que estava indignada, cabreada. Foi baixar do autobus e começar a soluçar. Tremia. Tentava dissimular. Passei todo o caminho até a casa, na outra ponta da cidade, contendo-me para nom botar a chorar. Sentia náuseas, sentia-me idiota. Sentia-me degradada, manchada, profanada, suja. Sentia-me violentada. Sentia-me estúpida.
Exagero? Talvez.
Suponho que foi muita tensom. Estava (estou) shockada. Ainda agora nom o creio. Cada vez que o penso dá-me vontade de chorar.
O relato é esse. Nom é objectivo, descreve mais ou menos as minhas sensaçons. Nom o escrevo aqui para "fazer queixinhas" à plateia; nom pretendo ir de vítima, se resultou vitimista fique claro que nom é o que pretendia.
Julguem vds.
Detalhe: nom som especialmente atraente, quem me conhece sabe-o, e nom levava saia nem mini saia nem decote nem roupas provocantes de nengum tipo. Estava tranquilamente sentada no meu lugar do autobus. O trajecto demora meia hora. Que se fai?
Cheguei hai um pouco. Vinha no bus, de Vigo para Ponte Vedra. O bus do qual eu sempre me queixo que vai parando por tudo Vigo, nom só no Areal. No Areal subiu umha cheia de gente. Co tranquilinhos que iamos até esse momento...
-Este é o que vai a Ponte Vedra, nom si?
-Onde queres ir, arriba ou abaixo?
-Dos billetes, por favor.
Era um autobus de duas plantas. Eu ia na d'abaixo. Tinha a bolsa pendurada no asiento e a mochila no chão, entre as pernas, no meu lugar. Nisto que se senta um home ao meu lado. Nom era um velho, teria uns 40 anos. Parecia um pouco inquieto. Nom parava de mover-se e de ranhar a barba. Sentou-se coas pernas exageradamente abertas, de modo que tinha a sua perna esquerda tocando a minha. Nesse momento umha nom quer acreditar, mas já se dá conta. "Será mentres se acomoda". Nom, nom era mentres se acomodava. Começou a fazer pressom coa perna contra a minha. Nom continuamente, empurraba um pouco, deixava estar, voltava a empurrar. Arrimou-se mais. Eu estava de braços cruzados. De repente arrimou também o cóbado. Meio se esfregava. Era antes de entrarmos na autoestrada, eu já nom sabia que fazer. Ia-me apartando pouco e pouco mas nom podia, nom tinha para onde. O meu lugar era o da janela. Pensei em berrar bem alto e bem malhumorada: "Nom colhe no sítio??". "Se nom colhe, cambio-me" e cambiar-me. Pensei-no. Ia pensando nisso todo o caminho, pero nom dizia nada. Quitou a chaqueta que traía. Puxo-a enriba das pernas. Decidim fazer um movimento brusco para ver se parava. Colhim a mochila que estava no chao e puxem-na no colo. Pudem mover um pouco mais a perna e fugir-lhe. Centímetros. Parou um momento. Voltou.
Na ponte de Rande, ao entrar, arrimou-se mais contra mim. Eu devia ter a cara mais séria do mundo. Só fazia mirar pola janela, de braços cruzados, nom me atrevia a mover-me. Nom poderia ainda que quixesse, estava quase colada ao cristal. A cada pouco, apretava-se mais contra a minha perna.
Pensei em dizer o de se nom colhia no asiento outra vez.
Lembrei-me doutra cousa parecida que me passara num vitrasa. O bus ia vazio praticamente. Estava eu e duas ou três pessoas mais. Subiu um velho. O bus estava vazio. Veu-se sentar ao meu carom. Deve ser a técnica estabelecida, pegou a sua perna à minha. Depois moveu o braço e pegou-no ao meu corpo. Pouco e pouco. Depois puxo a mao na sua perna. Depois a mao estava entre a sua perna e a minha. Depois estava na minha. Nesse mesmo momento, levantei-me como um raio, ainda faltava para a parada, dixem: "Perdom, deixa-me passar?" e saim dali. Dei-lhe ao botom da parada. Ainda faltava. Chegamos. O velho baixou-se na mesma parada que mim. Ao princípio pensas que é sem querer. Depois nom queres acreditar que seja à posta.
Que se fai??? Que se fai nestas situaçons??? A mim ninguém me ensinou a saber o que fazer. Ensinarom-me matemáticas, a classificaçom dos substantivos, a diferença entre hay, ahí e ay.
O bus ia cheio. Diante havia quatro mulheres, no asiento do outro lado do corredor havia outro home.
Num instante fiquei paralisada: o home meteu a mao por dentro dos pantalons. Começou a mover o braço. Eu nom acreditava. Começou a esfregar-se contra mim e a bater umha punheta.
Sentim ganas de chorar durante um momento. Depois enfadei-me muito, indignei-me. Sentim grande nojo e um desprezo imenso polo home aquele.
Estava muda e quieta que nem umha estátua.
O único que pensava era "dios mío, a ver se chegamos dumha vez", "a ver se chegamos logo", "temos que estar já a chegar", "que cheguemos dumha puta vez, por dios". "A ver se este filho de puta fica coa palha a medias, hóstia!!!!". "Por que nom lhe berraria antes, por quê??"
Por que a gente (os homes) fai (fam) estas cousas? Que lhes passa pola cabeça para fazer umha cousa dessas? Que classe de educaçom, de sociedade, de valores?
De quando em vez, o home mirava para mim.
Correu-se justo ao entrar em Ponte Vedra. Lançou um suspiro. Sacou a mao e limpou-se contra a camisa. Várias vezes. Sem dissimular.
Ao parar o autobus, baixou quase de primeirinho e liscou. Eu saim um pouco depois. Até aquele momento pensava que estava indignada, cabreada. Foi baixar do autobus e começar a soluçar. Tremia. Tentava dissimular. Passei todo o caminho até a casa, na outra ponta da cidade, contendo-me para nom botar a chorar. Sentia náuseas, sentia-me idiota. Sentia-me degradada, manchada, profanada, suja. Sentia-me violentada. Sentia-me estúpida.
Exagero? Talvez.
Suponho que foi muita tensom. Estava (estou) shockada. Ainda agora nom o creio. Cada vez que o penso dá-me vontade de chorar.
O relato é esse. Nom é objectivo, descreve mais ou menos as minhas sensaçons. Nom o escrevo aqui para "fazer queixinhas" à plateia; nom pretendo ir de vítima, se resultou vitimista fique claro que nom é o que pretendia.
Julguem vds.
Detalhe: nom som especialmente atraente, quem me conhece sabe-o, e nom levava saia nem mini saia nem decote nem roupas provocantes de nengum tipo. Estava tranquilamente sentada no meu lugar do autobus. O trajecto demora meia hora. Que se fai?
sexta-feira, 10 de novembro de 2006
Rectitud.
Toca-me muito os colhons o afán de superación, a defesa da verdade por encima de todo, o conceito de loser, o ser melhor que ninguém sempre. Puagh!
Porque deixamos que nos eduquem esses filmes?
Porque deixamos que nos eduquem esses filmes?
Inocência I.
Antes, quando eu era umha inocente peoa que andava a pé polas cidades e me cagava nos condutores pensava que quando eu própria fosse condutora o meu conceito deles iria mudar e iria entendê-los e desenvolver umha certa compreensibilidade ante certas atitudes das pessoas com um sistema de marchas ao seu dispor, ao tempo que iria começar a odiar os peons por se meter por onde nom devem, tentar a morte nos cruzamentos, enfim...
Porém, nada disso aconteceu. Ai!
Os condutores continuam a parecerme imbéceis, os peons parecem-me peons, coitados!; e a Administración fede.
Porém, nada disso aconteceu. Ai!
Os condutores continuam a parecerme imbéceis, os peons parecem-me peons, coitados!; e a Administración fede.
quarta-feira, 8 de novembro de 2006
Com este nojento calor primaveral
em pleno novembro (!!!!)
nom me estranha que andemos todos como
el pico de una plancha.
em pleno novembro (!!!!)
nom me estranha que andemos todos como
el pico de una plancha.
[Desenho aqui.]
Eu sei que ainda nom é tempo de os Reis virem, mas aqui lhes deixo um brinquedo.
Procurem-se!
Tamém funciona com mais de 1 palavra. Ummm, que sugestivo!
Procurem-se!
Tamém funciona com mais de 1 palavra. Ummm, que sugestivo!
terça-feira, 7 de novembro de 2006
Foto(grama) possível
terça-feira, 24 de outubro de 2006
Trick or treat?
Assustam-me as pessoas inteligentes.
As que sabem mais que mim.Assustam-me as pessoas guapíssimas, mas assustam-me ainda mais as que me atraem.
As que sabem de que falam.
As que estám seguras dentro e fora de si.
As que sabem o que querem.
As que me buscam.
As que observam.
Assustam-me as que crem que adivinham e, de facto, adivinham.
[Foto tirada daqui.]
sexta-feira, 20 de outubro de 2006
Eu em vez de pensar, leio. (Chica, inspiro-me!)
Pergunto-me, com estas ânsias contestatárias que tenho às vezes without a cause, se os sentimentos, os estados tenhem que servir para algo? Ou só som? (Só que nom é só que a alguns bem nos custa só tentar ser...).
terça-feira, 17 de outubro de 2006
Repararam?
Concessom, concessom, concessom. (Com duplo esse, por sinal, que já me corrigim... com duplo esse, por sinal, como possessom ou desassossego). Muito ando eu a conceder ultimamente (vejam-se posts e comentários).
Nem que fosse umha fada madrinha! Ou um génio da lámpada!
Home, génio ter, tenho-che-vos, perguntem a quem quiserem.
Às vezes, passo férias numha lámpada e, às vezes, concedo desejos; mas também peço a lua. Igual que todo o mundo. Nada de especial.
[E, palavreando um pouco, hai muitas cousas que me dam génio... Grrrrr.
Tamém hai dias que dá génio ler-me :P ]
Nem que fosse umha fada madrinha! Ou um génio da lámpada!
Home, génio ter, tenho-che-vos, perguntem a quem quiserem.
Às vezes, passo férias numha lámpada e, às vezes, concedo desejos; mas também peço a lua. Igual que todo o mundo. Nada de especial.
[E, palavreando um pouco, hai muitas cousas que me dam génio... Grrrrr.
Tamém hai dias que dá génio ler-me :P ]
Nota aos comparativos e possessões várias.
Si, si, si, claro que já sei que nom, pessoas nom se tenhem.
Que nom se possuem.
Que nom se possuem.
Como eu não possuo
Olho em volta de mim. Todos possuem ---
Um afecto, um sorriso ou um abraço.
Só para mim as ânsias se diluem
E não possuo mesmo quando enlaço.
Roça por mim, em longe, a teoria
Dos espasmos golfados ruivamente;
São êxtases da cor que eu fremiria,
Mas a minh'alma pára e não os sente!
Quero sentir. Não sei... perco-me todo...
Não posso afeiçoar-me nem ser eu:
Falta-me egoísmo para ascender ao céu,
Falta-me unção pra me afundar no lodo.
Não sou amigo de ninguém. Pra o ser
Forçoso me era antes possuir
Quem eu estimasse --- ou homem ou mulher,
E eu não logro nunca possuir!...
Castrado de alma e sem saber fixar-me,
Tarde a tarde na minha dor me afundo...
Serei um emigrado doutro mundo
Que nem na minha dor posso encontrar-me?...
Como eu desejo a que ali vai na rua,
Tão ágil, tão agreste, tão de amor...
Como eu quisera emaranhá-la nua,
Bebê-la em espasmos de harmonia e cor!...
Desejo errado... Se a tivera um dia,
Toda sem véus, a carne estilizada
Sob o meu corpo arfando transbordada,
Nem mesmo assim --- ó ânsia! --- eu a teria...
Eu vibraria só agonizante
Sobre o seu corpo de êxtases doirados,
Se fosse aqueles seios transtornados,
Se fosse aquele sexo aglutinante...
De embate ao meu amor todo me ruo,
E vejo-me em destroço até vencendo:
É que eu teria só, sentindo e sendo
Aquilo que estrebucho e não possuo.
Mário de Sá-Carneiro
Comparativo de igualdade e bobadas várias.
Dou-me conta estes dias de que sem me dar conta até agora as vezes em que gostava dalguém (simplesmente gostar, se é que o acto de gostar pode ser simples, nom falo de paixons profundas, as quais só sinto polo chocolate e polas minhas neuras -- daí este blogue), nessas vezes, o meu pensamento era, depois de maravilhar-me com essas pessoas, o que eu dizia era: "eu quero um como esse". Eu quero um assi.
Nunca "eu quero esse". Quero-te a ti. Nom. Isso seria arriscar de mais nesta vida insulsa. Às vezes era porque essas maravilhas já queriam eles algumha outra pessoa; às vezes era porque sabia, pensava, sei da im-possibilida-de de ter essa pessoa (no fundo é sempre isso); às vezes, as mais, era só insconsciente, sem pensar (no fundo é sempre aquilo).
Eu quero um coma ti.
Atitudes que hai.
(Este desabafo foi umha pequena concessom aos desejos-que-nom-se-dizem, desculpem e desculpe eu.)
Nunca "eu quero esse". Quero-te a ti. Nom. Isso seria arriscar de mais nesta vida insulsa. Às vezes era porque essas maravilhas já queriam eles algumha outra pessoa; às vezes era porque sabia, pensava, sei da im-possibilida-de de ter essa pessoa (no fundo é sempre isso); às vezes, as mais, era só insconsciente, sem pensar (no fundo é sempre aquilo).
Eu quero um coma ti.
Atitudes que hai.
(Este desabafo foi umha pequena concessom aos desejos-que-nom-se-dizem, desculpem e desculpe eu.)
terça-feira, 10 de outubro de 2006
Hoje comprei um paraguas por primeira vez na minha vida.
Nunca me levei cos paraguas, metódicos de mais, previsores e responsaveis. Evitava usá-los, a nom ser que fosse estrictamente necesario. Assi acabava feita um pito de pés a cabeça. Tratava-se dumha questom pessoal e, sobretudo, umha concessom a umha caste de pragmatismo extremo, si, senhor: nom o levava por nom o perder.
Simples, nom si? ;)
E também andar com ele sempre pendurado e pingando, que fastio! :P
Pois com isto do paragüitas (é um anano destes "comprimíveis", nom sei qual o nome técnico) dei-me conta de que como nunca aprendim, sempre me metia debaixo do dalguém piadoso e com mais cabecinha q mim, nom sei andar pola vida com eles. Bato contra os paraguas dos demais na rua, nos caminhos especialmente estreitos nom me sei as leis da prioridade e nem se me passa pola cabeça a simples e efectiva operaçom de esquivar polo alto ao paraguas que avança ameaçadoramente de frente mediante umha momentánea elevaçom do meu, etc.
O certo é que andar baixo umha dessas cupulas é como andar dentro dumha espécie de campo de acçom delimitado imaginariamente, como andar dentro dumha bolha de sabão. Claro que hai muitas mais maneiras que usar paraguas para andar como dentro de bolhas de sabão. E dei-me conta de que, isso si, sei andar pola vida dentro de bolhas de sabão.
sábado, 7 de outubro de 2006
terça-feira, 3 de outubro de 2006
Pressão
"Conta, conta."
"E que mais contas?"
Um, dous, três, quatro, quarenta mil.
Nom se me dam especialmente bem os números.
Contai-me vós, contai-me.
Contai-me os dedos das maos e dos pés, a ver se tenho os reglamentários ou se confirma umha certa monstruosidade latente. Os olhos na testa, som dous? A b-o-c-a. 1? A língua nom é bífida?
Eu só sei contar cousas que nom som cousas, maldades, penas. Negras.
Inda bo é que vem o inverno a fazer jogo! Inda bo é que o inverno é que tem licença para escurecer as vidas, os céus, as chuvias, o aire que zoa.
Que alívio ter licença...
"E que mais contas?"
Um, dous, três, quatro, quarenta mil.
Nom se me dam especialmente bem os números.
Contai-me vós, contai-me.
Contai-me os dedos das maos e dos pés, a ver se tenho os reglamentários ou se confirma umha certa monstruosidade latente. Os olhos na testa, som dous? A b-o-c-a. 1? A língua nom é bífida?
Eu só sei contar cousas que nom som cousas, maldades, penas. Negras.
Inda bo é que vem o inverno a fazer jogo! Inda bo é que o inverno é que tem licença para escurecer as vidas, os céus, as chuvias, o aire que zoa.
Que alívio ter licença...
domingo, 1 de outubro de 2006
terça-feira, 26 de setembro de 2006
Concatenando.
Abre-me,
beija-me,
cobre-me.*
Chovem chaves.
Aproveita. Exp’rimenta.
(*Pequena variaçom pronominal sobre ABC Erótico, de Noel Ferreira.)
[Quadro de Miracle Salinas del Valle.]
As mad as a March hare.
Gosta-me ter umha língua que nom distingue b de v, porque
assi podo aliterar mais perfeitamente livro, liberdade, livre
libertinagem libera-me, liberaçom nacional,
lívido levedar na libido,
(escravo) liberto, libreto, libar e salivar, livrar, libriano,
libidinoso e livor mortis, leviana (de cascos)
e lebre (de março,
as águas de abril). Abre-me.
sexta-feira, 22 de setembro de 2006
Questom (de dudosa) moral.
domingo, 17 de setembro de 2006
Que país. Estou-me metendo em lérias que nom me cheiram nada bem. Nada grave, of course. Trapalhadas. Som essas cousas que, estando tam relaxado conversando, de repente, ergues as orelhas e estado de alerta. Mira para todos os lados. Que se passa aqui? E ali? Sobretudo ali.
Passa em vários frentes de batalha. Vou-me ter que cuidar de.
Ou ficar longe, observando, desde umha "distancia prudencial". Controlando, no sentido mais amplo.
Pequena confissom: eu inquieto-me quando nom controlo.
Passa em vários frentes de batalha. Vou-me ter que cuidar de.
Ou ficar longe, observando, desde umha "distancia prudencial". Controlando, no sentido mais amplo.
Pequena confissom: eu inquieto-me quando nom controlo.
quinta-feira, 14 de setembro de 2006
domingo, 10 de setembro de 2006
sangre de menstruo
Pero no encontraremos difícilmente nada más prodigioso que el flujo menstrual. La proximidad de una mujer en este estado hace agriar el mosto; a su contacto, los cereales se convierten en estériles, los injertos mueren, las plantas de los jardines se secan, los frutos de los árboles donde ella está sentada caen; el resplandor de los espejos se enturbian nada más que por su mirada; el filo del acero se debilita, el brillo del marfil desaparece, lo enjambres de las abejas mueren; incluso el bronce y el hierro se oxidan inmediatamente y el bronce toma un olor espantoso; enfin, la rabia le entra a los perros que prueban de dicho líquido y su mordedura inocula un veneno sin remedio. Hay más: el asfalto, esa sustancia tenaz y viscosa que, a una época precisa del año sobrenada un lago de Judea, que se llama Asphaltites, no se deja dividir por nada, pues se adhiere a todo lo que toca, excepto por un hilo infectado por este veneno. Se dice incluso que las hormigas, esos animalejos minúsculos, le son sensibles: ellas echan los granos que trasnportan y no los vuelven a recoger. Este flujo tan curioso y tan pernicioso aparece todos los treinta días en la mujer, y, con más intensidad todos los tres meses.
[Hist. Nat., VII, 64-66]
(mais cousas interessantes, aqui)
quinta-feira, 7 de setembro de 2006
segunda-feira, 4 de setembro de 2006
domingo, 3 de setembro de 2006
Encanta-me que os únicos com plenos direitos e faculdades para falar de si mesmos em músicas som os rapeiros. Os poetas e aspirantes a também, mas isso é farinha doutro saco. Os rapeiros nom necessitam licenças.
(Poesia difusa. Nach Scratch.)
O sublinhado é meu, of course. E já me esquecia de que os blogueiros tambem tenhem direito a escrever sobre eles.
Comienzos, lo que motivó el comienzo fue que las vidas que presencio no merecen el silencio, fue porque el Hip Hop apareció del amor entre poesía y ritmo, y por las aguas de ese rio mi vida fluyó o fue porque en el gusto por competir no hay lugar para el cansancio, que se yo. Pero sucedió, pasé de ser anónimo a ser casi famoso bajo mínimos, y acaso eso os conmovió? Porque al parecer mi mano en contacto con un micrófono me convirtió en pirómano y París ardió; adiós, París, adiós, adiós, MCs, adiós, que usted vaya con dios y si baja por esas calles será mejor que le acompañen uno o dos. Ay señor, qué pesada es esta espada que desenvaino con el sudor, la soledad del príncipe sin reino, la soledad del hombre sin calor, será que es porque ya no me peino ni me preparo ni visto raro ni uso perfumes caros cuando salgo en busca de amor. Soy el mismo chico educado que con un rap vulgar suena en tu radio cada día y que desde el extrarradio a conquistado a la más alta burguesia, pero que falla soy yo en esa pantalla, soy yo en esa cola del paro comparo mi vida con la tirada de un dado y sale cero y cero y cero yo solo espero ser más certero salir de este agujero en el que estoy atrapado soñador aún duermo con Peter Pan a mi lado, preguntándome si alguien ahí fuera entenderá a un tipo tan complicado. Pero una extraña fuerza me persigue me dice tu simplemente vive, tu simplemente escribe, decide en tiempo record y olvida el rencor y recuerda lo que el viejo dijo: "hijo, en lo que sea, pero el mejor".
(Poesia difusa. Nach Scratch.)
O sublinhado é meu, of course. E já me esquecia de que os blogueiros tambem tenhem direito a escrever sobre eles.
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
Desgana
Dou-me conta de que as cousas que antes me interessavam, que me entusiasmavam, já nom o fam. Agora nom sei que vou fazer. Comprar joguetes novos? E que a emoçom dure uns dias. Vejo-me obrigada a abraçar o consumismo. Para dar-lhe sentido intermitentemente a isto aqui.
I don't know
what I do want to.
Umha colecçom enorme
de sapatos
poderia ser a soluçom?
(desenho: Manolo Blahnik)
I don't know
what I do want to.
Umha colecçom enorme
de sapatos
poderia ser a soluçom?
(desenho: Manolo Blahnik)
A volta
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
terça-feira, 22 de agosto de 2006
sexta-feira, 18 de agosto de 2006
Estou tomando um caf'e nojento. Daqui a 5 mintos tenho aulas. Nojentas tb? Nom, nom tanto. Mas tampouco 'e que sejam especialmente apetec'iveis. Mas melhor nom falemos de apetencias que despois tudo se sabe. Hoje 'e um bonito dia gris e chove e hai nevoeiro. Gosto. O sol est'a bem, mas lo cort'es no quita lo valiente. Nom me levo eu com estes teclados brit'anicos! Onde vam os queridos acentos? Os gr'aficos, claro, porque dos outros hai umha chea deles. Mmmmmm. Italianos...
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
terça-feira, 15 de agosto de 2006
Edinburgh Edinburgh
O tren fura paisaxes coma un piollo
nos cabelos escuros
de Escocia escurecida
mentres veñen as mans
do abrente alleo
abrindo as portas daquel día de setembro
cruzando o mar do Norte cara ás illas
chegando a un Edinburgh en sombra estraña
baixándome do tren coa mente aberta
Onde se deita a noite en Edinburgh?
á esquerda do castelo de carbón diamante
cun sol negro?
Catro teenagers punks
xaspeaban mil cores metalizadas
co meu ollo animal cravado neles
“No future Anarchy & destroy me”
because I love them since they’re like you
dura pedra escocesa que me garda
da hipnose contaxiosa das Highlandas
empapando a alma en frío
cervexa calvinista whisky ateo
Cruel máxica dura
espectro dos meus soños agresivos
volverei por ser teu
na túa pel e na escuma do desexo.
Lois Pereiro, Poemas (1981/1991)
[Algo que me mandarom. Gracinhas. ]
O tren fura paisaxes coma un piollo
nos cabelos escuros
de Escocia escurecida
mentres veñen as mans
do abrente alleo
abrindo as portas daquel día de setembro
cruzando o mar do Norte cara ás illas
chegando a un Edinburgh en sombra estraña
baixándome do tren coa mente aberta
Onde se deita a noite en Edinburgh?
á esquerda do castelo de carbón diamante
cun sol negro?
Catro teenagers punks
xaspeaban mil cores metalizadas
co meu ollo animal cravado neles
“No future Anarchy & destroy me”
because I love them since they’re like you
dura pedra escocesa que me garda
da hipnose contaxiosa das Highlandas
empapando a alma en frío
cervexa calvinista whisky ateo
Cruel máxica dura
espectro dos meus soños agresivos
volverei por ser teu
na túa pel e na escuma do desexo.
Lois Pereiro, Poemas (1981/1991)
[Algo que me mandarom. Gracinhas. ]
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
sexta-feira, 4 de agosto de 2006
Pois aqui andamos. Hoje reflexionava porque fomos visitar a natinonal gallery (que cheia de pornografia cl'assica e do renacemento, por dios, porque eu som 1 mulher fria e de gelo que se nom...). Pois reflexionava sobre que se tivesse que/quixesse/pudesse amighar-me com algum artista antes que qualquer escritor, poeta, musico ou o que for, preferiria um pintor. Sempre 'e algo mais bonito e potencialmente mais reconfortante. Ai.
Outro dia mais.
Outro dia mais.
sexta-feira, 28 de julho de 2006
Nom sei o que escrever, para variar. O que si, cansei-me de ir de. Agora vou ir de [outra cousa, claro]. Porque indo de, a ver, nom é que me fosse mal de tudo, mas bem tampouco. Claro. Obviamente, isso precisa dumha mudança de atitude. Principalmente porque a ideia é que vaia o melhor possível, e para isso ir de nom funcionava, polo tanto a ver se indo de as cousas som diferentes.
Ai, isto de construir personagens! O segredo está em nom "encasillar-se" :P
Ai, isto de construir personagens! O segredo está em nom "encasillar-se" :P
quinta-feira, 27 de julho de 2006
Pois já tou a preparar outra viagem.
Sinceramente, levo dias e dias e dias que nom sei o que escrever aqui. Nem se devo ou nom devo escrever, considerando que nom me sai nada. Miro nos outros blogues a ver se me inspiro e apetece-me protestar contra parvadas e tópicos que leio. Pero realmente nom me apetece tanto.
É certo que um pouco sempre passamos a vida a vê-las vir. Mas agora, essa sensaçom é mto mais aghuda. Talvez tenha a ver o facto de que depois do pequeno projecto a curto prazo (um mesinho a ver se aprendemos algo de inglês), nom hai nada. Está o baleiro. E que imos fazer? (Bom, anda o CAP por aí dançando, terei que mirar isso tb. Mas que preguiça...) O caso é que nom sabemos o que imos fazer. O que queremos? Mmmmmm. Buf. Tampouco... Pois tamos-che bem. La pregunta del millón*: "E aghora que vás fazer?". A cada um penso que lhe respondo umha cousa diferente, é o que tem a incerteza vital. Nom vês? Já estou a falar sem dizer nada, a escrever por encher o post... E assi nom mola. Igual devia começar com exercícios de estilo ou histórias absurdas e passar de mim. Veremos.
*Do millón de quê? Do milhom de moras? Do milhom de areias? Do milhom de quê?
Sinceramente, levo dias e dias e dias que nom sei o que escrever aqui. Nem se devo ou nom devo escrever, considerando que nom me sai nada. Miro nos outros blogues a ver se me inspiro e apetece-me protestar contra parvadas e tópicos que leio. Pero realmente nom me apetece tanto.
É certo que um pouco sempre passamos a vida a vê-las vir. Mas agora, essa sensaçom é mto mais aghuda. Talvez tenha a ver o facto de que depois do pequeno projecto a curto prazo (um mesinho a ver se aprendemos algo de inglês), nom hai nada. Está o baleiro. E que imos fazer? (Bom, anda o CAP por aí dançando, terei que mirar isso tb. Mas que preguiça...) O caso é que nom sabemos o que imos fazer. O que queremos? Mmmmmm. Buf. Tampouco... Pois tamos-che bem. La pregunta del millón*: "E aghora que vás fazer?". A cada um penso que lhe respondo umha cousa diferente, é o que tem a incerteza vital. Nom vês? Já estou a falar sem dizer nada, a escrever por encher o post... E assi nom mola. Igual devia começar com exercícios de estilo ou histórias absurdas e passar de mim. Veremos.
*Do millón de quê? Do milhom de moras? Do milhom de areias? Do milhom de quê?
quarta-feira, 26 de julho de 2006
domingo, 23 de julho de 2006
Eu leio-a; e como as cousas que se me ocorrem para contar som dessas que nom se devem contar e sempre fum umha mulher fácil, nom me resisto ao egocentrismo tentador e fácil:
Que hora é?: As nove em ponto. De um domingo, domingo, domingo...
1. Nome Completo: Tantos! Um para cada ocasiom, alguns com os que me auto-baptizo e outros que me dam.
1. Alcumes? Nengum que eu saiba. Devera investigar?
2. Por quen che puxeron o nome? Por ninguém concreto. Ainda que estiverom a ponto de me pôr outro pola minha avoa.
4. Signo Zodiacal: Leão!!
5. Tatuaxes: Nengumha.
6. Amaches tanto a alguén como para chorar? Si. Nem que fosse por mim mesma...
7. Estiveches nun choque de coches? Nom.
9. O vaso, meio cheo ou meio vacio? Depende... havia umha "gracieta" com isto, bastante apropriada, mas nom a lembro... Devia ser tipo: completamente vazio.
10. Cor favorita de roupa interior: Todas, e estampados variados. Salvo talvez amarela e "color carne". Branco tampouco me chista muito.
11. Número favorito: Mmmmm. Nengum? Era o sete, mas agora já nom é nengum.
12. Cor favorita: As cores quentes: vermelho, laranja...
13. Supersticioso? Nom pensar nas cousas ou nas esperanças, porque se as pensas, nom se cumprem. Tentar nom pôr o carro diante dos bois para nom "gafar" as cousas. Evitar crer nas cousas antes de que passem, porque se nom, nom passam. Nom sei se me explico...
14. Tipo de música de preferéncia: Muitas. Que me cheguem, que me digam algo. Nom tenho critério.
16. Flor: Flor? Nom penso muito em flores, que prosaica! Poderiam ser as magnolias, as papoulas... a rosa do principinho??
17. Última visita ao hospital? Buf, pera que penso... A princípios de curso qdo fum acompanhar umha amiga que ia ver à sua tia ou prima ou algo que acabava de ter um neno. Nom passei da sala de espera.
18. Como te ves en dez anos? 10 anos? Nom me vejo... Suponho que mais ou menos igual. Espero que com carro e fora da casa. E... ainda que nom seja politicamente correcto dizê-lo, com nenos ou a ponto de nenos.
19. Que cambiarías da tua vida? Buf! Principalmente quereria mudar de pele dumha vez.
20. O primeiro que pensas ao espertar: 10 minutinhos, levanto-me daqui a um chisco... e paro a alarma do móvel na opçom em que nom a paras de tudo e toca cada 10 minutos, e adormecerei (mais ou menos profundamente dependendo do dia) e voltará a tocar dali a 10 minutos, e outra vez a pararei, e dali a 1o minutos outra vez... e podo estar assi bem mais de 1 hora. (Francamente, como pergunta creio que é mais interessante perguntar que é o que pensas antes de adormecer, quando já estás na cama, nessa cama tam quentinha ou tam grande ou tam fria ou tam sem fazer desde hai 15 dias ou tam desconhecida ou tam de sempre ou de fim de semana ou com almofada que estorva ou ghatos que che sobem às pernas no verao e ao pescoço no inverno!!)
21. Que hai na parede da teu cuarto? No meu actual da casa, nada. No que ia ser meu da casa postais, posters vários. Um poema de Pessoa. Os horários do bus. Um artigo de opiniom. No do piso durante o curso duas láminas enormes da Gulbenkian presidindo a cabeceira da cama. Postais. Um par de cartazes dum par de obras de teatro. Os horários de aulas. E mais trapalhadinha engraçada.
22. Persoa que talvez non conteste este post: Hehehehhe. Ninguém.
23. Persoa que seguro responde: Também ninguém.
24. Quen che gustaria que respondese? Mmmm. Nom sei. Quem queira.
25. Que dirias a alguén e non te atreves? Tantas cousas! As mesmas cousas que si som capaz de escrever(lhes) e algumhas que nem isso (custa-me verbalizar). Cousas que nalgum momento da minha vida tampouco me atrevia a dizer-me a mim mesma. Agora já si me digo tudo.
26. Deporte favorito: Para ver? Para fazer? Em abstracto? Em metáfora?
27. Tímido ou extrovertido? Depende.
29. Gusta-che ler? Si.
30. Falas algun idioma? Deveria.
31. Pasatempo favorito: Nom fago muito disso. Autodefinidos, talvez.
32. Praia ou montaña? Mmm. Praia. Ainda que um cómbi das duas também mola.
33. Coleccionas algo: Nom, demasiado metódico para mim.
34. Tes algunha fóbia? A algumhas situaçons, ao ridículo, ao fracaso, ao rechaço... Ai, isso som medos! :P Fóbia a cousas materiais, nom.
35. Cando foi a última vez que choraches? Onte.
36. Gusta-che a tua letra? Tem dias, normalmente si.
37. O pan gusta-che con que? Com todo, ou?
38. Sendo outro, serias o teu amigo? Buf, nom creio. Nom som de fazer-me querer, antes o contrário.
39. Tes un diario de vida? Nom. Demasiada constância para mim.
40. Es sarcástico? Hehehehe. Menos do que quereria.
41. Saltarías en bungee (puenting)? Talvez, mas nom é algo que me interesse.
42. Cereal preferido? Como que cereal preferido? Que tenhas cores, comidas preferidas ou números, é o que manda a tradiçom, mas cereais??
43. Desatas os zapatos ao sacá-los? Nom, quase nunca.
44. Cres que es forte? Nom sei, nom tivem que ser forte nunca. O que som é insensível, nom me afectam muito as cousas. Só em certos momentos de desesperaçom.
45. O teu xelado favorito? Iogurte. Mmmmmm.
46. Canto calzas? Un 35/36.
47. Roxo ou Rosa? Colorado, encarnado.
48. O que menos che gusta de ti? Ai meu deus! A ideia do teste este é acabar com princípios de depressom? O que nom che gusta? Como te ves? O que cambiarias? És feliz? A tua vida é umha merda? Fás este teste como introspecçom de "pacotilla" e descobres que nada é como queres nem queres nada como é?
Nom gosto de muitas cousas. Infelizmente. Muitas cousas que nom me deixam ser e fazer outras. De ser tam parva, tam consciente, tam neurotico-paranoica, tam egocéntrica, tam reprimida... Mmmm. Mas também tenho cousas boas, eh? E as "más", hei-de procurar que sejam menos, ou?!
49. A quen estrañas muito? Já estranhei mais, agora nom estranho gente, de tam afeita que estou a nom a ter comigo. Agora estranho momentos e tenho saudades do que nom foi, como di o tópico. Também do que nom será.
51. A cor de pantalón e zapatos que tes postos? Pantufas verdes e com abalórios rosas (em realidade som bonitas, ehhh) e pantalom beis.
52. O último que comiches hoxe? Um anaco de tarta de maçã.
53. Que estás a escuitar neste momento? Love is in the air! Hahahhahaa. Musiquilla variada da que hai polo pc adiante, principalmente que meteu a minha irmã.
54. A última persoa coa que falaches por teléfono? Um amigo que está polo levante.
55. Trago favorito? Vodka com sprite. Mojito. Caipirinha.
56. Deporte favorito para ver por tv? Mmmm. Nengum em especial.
57. Comida favorita? Tantas! Nengumha.
58. Película de terror ou final feliz? Nem umha nem outra. Qualquer umha que diga algo que me interesse em determinado momento.
59. Última película no cine? Buuuuuuffffffff! Nom me lembro... foi hai tanto tempo... Dogville, talvez?? Ah nom, umha coreana, penso, algo aborrecida... o ano passado...
60. Dia Favorito do ano? Que mania coas cousas favoritas!! A gente teoriza mto sobre o que gosta ou nom... A mim nunca se me ocorreu pensar em dias favoritos...
61. Inverno ou verao? Finais de agosto e setembro.
62. Bicos ou abrazos? Bicos de saúdo, de verdade, de língua. Abraços apertados. É possível que os abraços sejam mais verdadeiros que muitos bicos...
63. Postre preferido? Talvez tiramisú... Tenho um problema... sempre tenho que pensar mto nas cousas preferidas ou favoritas, caramba... Que pouca consciência dessas cousas tenho, ai.
64. Onde é o máis lonxe que estiveches da tua casa? A pérfida albiom.
65. Estiveches namorado algunha vez? Nom che sei. Se o estivem nom me dei conta.
66. Arrependeches-te algunha vez dalgo? Algumha vez, di... Muitas.
67. Cor de ollos preferida: A cor nom me importa tanto como a forma e as pestanas. Os olhos mui claros nom me gostam mto... De resto, tudo bem-vindo!
68. Nome de rapaz e rapaza favorito: E dá-lhe cos favoritos...
69. Fumas? Às vezes. Socialmente.
70. Condóns de laranxa ou limón? Nem de laranja nem de limom.
71. Sexo con amor ou sexo con morbo? Sexo. (a resposta é a mesma que a vossa, mas é que é assi....)
72. Usas algunha muletilla? Suponho que si... Agora que seja consciente... que mundo, que vida, que país, que cousas, eh, nom sei, bueno. Isto nom o deveriam dizer os que nos ouvem falar??
73. Tes algo pendente de facer? Sempre.
74. Un momento especial na tua vida: Nom sei. Podem passar duas cousas: que algo se faga especial co tempo, coas lembranças disso, ou que seja especial no momento e depois co tempo se faga menos especial. Do primeiro, umha vez que me fixerom umha caricinha na cara que eu no momento nom me dei conta do que me acabavam de dizer com isso... adolescências, já se sabe... Do segundo, certas cousas que me me dixerom em certos momentos.
Um mix das duas situaçons... algumhas fodas bonitas.
75. Es feliz? Por momentos.
76. Que hora é agora? As dez e vinte. Caralho po teste...
Que hora é?: As nove em ponto. De um domingo, domingo, domingo...
1. Nome Completo: Tantos! Um para cada ocasiom, alguns com os que me auto-baptizo e outros que me dam.
1. Alcumes? Nengum que eu saiba. Devera investigar?
2. Por quen che puxeron o nome? Por ninguém concreto. Ainda que estiverom a ponto de me pôr outro pola minha avoa.
4. Signo Zodiacal: Leão!!
5. Tatuaxes: Nengumha.
6. Amaches tanto a alguén como para chorar? Si. Nem que fosse por mim mesma...
7. Estiveches nun choque de coches? Nom.
9. O vaso, meio cheo ou meio vacio? Depende... havia umha "gracieta" com isto, bastante apropriada, mas nom a lembro... Devia ser tipo: completamente vazio.
10. Cor favorita de roupa interior: Todas, e estampados variados. Salvo talvez amarela e "color carne". Branco tampouco me chista muito.
11. Número favorito: Mmmmm. Nengum? Era o sete, mas agora já nom é nengum.
12. Cor favorita: As cores quentes: vermelho, laranja...
13. Supersticioso? Nom pensar nas cousas ou nas esperanças, porque se as pensas, nom se cumprem. Tentar nom pôr o carro diante dos bois para nom "gafar" as cousas. Evitar crer nas cousas antes de que passem, porque se nom, nom passam. Nom sei se me explico...
14. Tipo de música de preferéncia: Muitas. Que me cheguem, que me digam algo. Nom tenho critério.
16. Flor: Flor? Nom penso muito em flores, que prosaica! Poderiam ser as magnolias, as papoulas... a rosa do principinho??
17. Última visita ao hospital? Buf, pera que penso... A princípios de curso qdo fum acompanhar umha amiga que ia ver à sua tia ou prima ou algo que acabava de ter um neno. Nom passei da sala de espera.
18. Como te ves en dez anos? 10 anos? Nom me vejo... Suponho que mais ou menos igual. Espero que com carro e fora da casa. E... ainda que nom seja politicamente correcto dizê-lo, com nenos ou a ponto de nenos.
19. Que cambiarías da tua vida? Buf! Principalmente quereria mudar de pele dumha vez.
20. O primeiro que pensas ao espertar: 10 minutinhos, levanto-me daqui a um chisco... e paro a alarma do móvel na opçom em que nom a paras de tudo e toca cada 10 minutos, e adormecerei (mais ou menos profundamente dependendo do dia) e voltará a tocar dali a 10 minutos, e outra vez a pararei, e dali a 1o minutos outra vez... e podo estar assi bem mais de 1 hora. (Francamente, como pergunta creio que é mais interessante perguntar que é o que pensas antes de adormecer, quando já estás na cama, nessa cama tam quentinha ou tam grande ou tam fria ou tam sem fazer desde hai 15 dias ou tam desconhecida ou tam de sempre ou de fim de semana ou com almofada que estorva ou ghatos que che sobem às pernas no verao e ao pescoço no inverno!!)
21. Que hai na parede da teu cuarto? No meu actual da casa, nada. No que ia ser meu da casa postais, posters vários. Um poema de Pessoa. Os horários do bus. Um artigo de opiniom. No do piso durante o curso duas láminas enormes da Gulbenkian presidindo a cabeceira da cama. Postais. Um par de cartazes dum par de obras de teatro. Os horários de aulas. E mais trapalhadinha engraçada.
22. Persoa que talvez non conteste este post: Hehehehhe. Ninguém.
23. Persoa que seguro responde: Também ninguém.
24. Quen che gustaria que respondese? Mmmm. Nom sei. Quem queira.
25. Que dirias a alguén e non te atreves? Tantas cousas! As mesmas cousas que si som capaz de escrever(lhes) e algumhas que nem isso (custa-me verbalizar). Cousas que nalgum momento da minha vida tampouco me atrevia a dizer-me a mim mesma. Agora já si me digo tudo.
26. Deporte favorito: Para ver? Para fazer? Em abstracto? Em metáfora?
27. Tímido ou extrovertido? Depende.
29. Gusta-che ler? Si.
30. Falas algun idioma? Deveria.
31. Pasatempo favorito: Nom fago muito disso. Autodefinidos, talvez.
32. Praia ou montaña? Mmm. Praia. Ainda que um cómbi das duas também mola.
33. Coleccionas algo: Nom, demasiado metódico para mim.
34. Tes algunha fóbia? A algumhas situaçons, ao ridículo, ao fracaso, ao rechaço... Ai, isso som medos! :P Fóbia a cousas materiais, nom.
35. Cando foi a última vez que choraches? Onte.
36. Gusta-che a tua letra? Tem dias, normalmente si.
37. O pan gusta-che con que? Com todo, ou?
38. Sendo outro, serias o teu amigo? Buf, nom creio. Nom som de fazer-me querer, antes o contrário.
39. Tes un diario de vida? Nom. Demasiada constância para mim.
40. Es sarcástico? Hehehehe. Menos do que quereria.
41. Saltarías en bungee (puenting)? Talvez, mas nom é algo que me interesse.
42. Cereal preferido? Como que cereal preferido? Que tenhas cores, comidas preferidas ou números, é o que manda a tradiçom, mas cereais??
43. Desatas os zapatos ao sacá-los? Nom, quase nunca.
44. Cres que es forte? Nom sei, nom tivem que ser forte nunca. O que som é insensível, nom me afectam muito as cousas. Só em certos momentos de desesperaçom.
45. O teu xelado favorito? Iogurte. Mmmmmm.
46. Canto calzas? Un 35/36.
47. Roxo ou Rosa? Colorado, encarnado.
48. O que menos che gusta de ti? Ai meu deus! A ideia do teste este é acabar com princípios de depressom? O que nom che gusta? Como te ves? O que cambiarias? És feliz? A tua vida é umha merda? Fás este teste como introspecçom de "pacotilla" e descobres que nada é como queres nem queres nada como é?
Nom gosto de muitas cousas. Infelizmente. Muitas cousas que nom me deixam ser e fazer outras. De ser tam parva, tam consciente, tam neurotico-paranoica, tam egocéntrica, tam reprimida... Mmmm. Mas também tenho cousas boas, eh? E as "más", hei-de procurar que sejam menos, ou?!
49. A quen estrañas muito? Já estranhei mais, agora nom estranho gente, de tam afeita que estou a nom a ter comigo. Agora estranho momentos e tenho saudades do que nom foi, como di o tópico. Também do que nom será.
51. A cor de pantalón e zapatos que tes postos? Pantufas verdes e com abalórios rosas (em realidade som bonitas, ehhh) e pantalom beis.
52. O último que comiches hoxe? Um anaco de tarta de maçã.
53. Que estás a escuitar neste momento? Love is in the air! Hahahhahaa. Musiquilla variada da que hai polo pc adiante, principalmente que meteu a minha irmã.
54. A última persoa coa que falaches por teléfono? Um amigo que está polo levante.
55. Trago favorito? Vodka com sprite. Mojito. Caipirinha.
56. Deporte favorito para ver por tv? Mmmm. Nengum em especial.
57. Comida favorita? Tantas! Nengumha.
58. Película de terror ou final feliz? Nem umha nem outra. Qualquer umha que diga algo que me interesse em determinado momento.
59. Última película no cine? Buuuuuuffffffff! Nom me lembro... foi hai tanto tempo... Dogville, talvez?? Ah nom, umha coreana, penso, algo aborrecida... o ano passado...
60. Dia Favorito do ano? Que mania coas cousas favoritas!! A gente teoriza mto sobre o que gosta ou nom... A mim nunca se me ocorreu pensar em dias favoritos...
61. Inverno ou verao? Finais de agosto e setembro.
62. Bicos ou abrazos? Bicos de saúdo, de verdade, de língua. Abraços apertados. É possível que os abraços sejam mais verdadeiros que muitos bicos...
63. Postre preferido? Talvez tiramisú... Tenho um problema... sempre tenho que pensar mto nas cousas preferidas ou favoritas, caramba... Que pouca consciência dessas cousas tenho, ai.
64. Onde é o máis lonxe que estiveches da tua casa? A pérfida albiom.
65. Estiveches namorado algunha vez? Nom che sei. Se o estivem nom me dei conta.
66. Arrependeches-te algunha vez dalgo? Algumha vez, di... Muitas.
67. Cor de ollos preferida: A cor nom me importa tanto como a forma e as pestanas. Os olhos mui claros nom me gostam mto... De resto, tudo bem-vindo!
68. Nome de rapaz e rapaza favorito: E dá-lhe cos favoritos...
69. Fumas? Às vezes. Socialmente.
70. Condóns de laranxa ou limón? Nem de laranja nem de limom.
71. Sexo con amor ou sexo con morbo? Sexo. (a resposta é a mesma que a vossa, mas é que é assi....)
72. Usas algunha muletilla? Suponho que si... Agora que seja consciente... que mundo, que vida, que país, que cousas, eh, nom sei, bueno. Isto nom o deveriam dizer os que nos ouvem falar??
73. Tes algo pendente de facer? Sempre.
74. Un momento especial na tua vida: Nom sei. Podem passar duas cousas: que algo se faga especial co tempo, coas lembranças disso, ou que seja especial no momento e depois co tempo se faga menos especial. Do primeiro, umha vez que me fixerom umha caricinha na cara que eu no momento nom me dei conta do que me acabavam de dizer com isso... adolescências, já se sabe... Do segundo, certas cousas que me me dixerom em certos momentos.
Um mix das duas situaçons... algumhas fodas bonitas.
75. Es feliz? Por momentos.
76. Que hora é agora? As dez e vinte. Caralho po teste...
O amor é uma companhia (10-7-1930)
O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.
Alberto Caeiro
[aqui mais]
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.
Alberto Caeiro
[aqui mais]
quarta-feira, 19 de julho de 2006
Pois si. Já estou de volta. Passei-no mui bem, mas nom é o meu estilo fazer relato detalhado de aventuras e desventuras, saibam compreender.
Afinal foi algo mais de 1 semaninha. No cantábrico, que maravilha...
Chego e encontro-me com que nom tenho nada pendente academicamente. Alegria alegria! :)
Agora é o começo de umha nova etapa. Miedito!
Afinal foi algo mais de 1 semaninha. No cantábrico, que maravilha...
Chego e encontro-me com que nom tenho nada pendente academicamente. Alegria alegria! :)
Agora é o começo de umha nova etapa. Miedito!
sábado, 8 de julho de 2006
Ai, o verao. E eu inda mais branquinha que o leite... enfim.
Sei que nom tenho dado mtos sinais estes dias, agora inda darei menos porque vou de vacances. Umha semaninha. A Cantábria, que tb tenhem ano santo. Terei que ver de conseguir a tal "indulgencia plenaria"...
A ver!
terça-feira, 4 de julho de 2006
Esta ternura y estas manos libres,
¿a quién darlas bajo el viento? Tanto arroz
para la zorra, y en medio del llamado
la ansiedad de esa puerta abierta para nadie.
Hicimos pan tan blanco
para bocas ya muertas que aceptaban
solamente una luna de colmillo, el té
frío de la vela al alba.
Tocamos instrumentos, para la ciega cólera
de sombras y sombreros olvidados. Nos quedamos
con los presentes ordenados en una mesa inútil,
y fue preciso beber la sidra caliente
en la vergüenza de la medianoche.
Entonces, ¿nadie quiere esto,
nadie?
(Cortázar, Julio. Salvo el crepúsculo.)
¿a quién darlas bajo el viento? Tanto arroz
para la zorra, y en medio del llamado
la ansiedad de esa puerta abierta para nadie.
Hicimos pan tan blanco
para bocas ya muertas que aceptaban
solamente una luna de colmillo, el té
frío de la vela al alba.
Tocamos instrumentos, para la ciega cólera
de sombras y sombreros olvidados. Nos quedamos
con los presentes ordenados en una mesa inútil,
y fue preciso beber la sidra caliente
en la vergüenza de la medianoche.
Entonces, ¿nadie quiere esto,
nadie?
(Cortázar, Julio. Salvo el crepúsculo.)
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