sábado, 18 de março de 2006

monólogo inconexo


Si, já sei que é um despreço, e nom me é exactamente igual mas é-me igual. Pecho a porta, com chave(matarile rile rile, en el fondo del mar). Aí vos matedes. Aqui eu fique como uva mirrada. Enfim, é a vida. Ao menos desta vez é umha escolha. Umha escolha má? É possível. Pouco me importa [o quê? /Não sei:/ pouco me importa. (Pessoa)].
Uf, que trágica me ponho.
Nom vedes que som eu só?
Agora mais, o mau é que nom é exactamente a liberaçom que devia ser. Que é um pouco vingança*? Ah, pode ser. A que jode?
A minha pena é que nom foda tanto como deveria, como me fode a mim. (Desta vez, nom se enganem, é no sentido figurado [(2) Enfastiar, molestar. v. r. Amolar-se, sofrer um prejuízo [lat. futuere].] Jodida pero contenta. Contenta? Aborrecida, na verdade, enfastiada. Meio indiferência. Antes podia fazer como que tanto me tinha ser segundo plato, mas nom era verdade. Ai, é o que tem desenganar-se.
Hai quem só se pode enganar. Felizmente que eu podo escolher entre enganar-me e desenganar-me segundo me convenha. Ainda que enganar-se normalmente é mais propício à felicidade. Contudo, nom esqueçamos que podemos escolher a infelicidade, e fazer dela umha arte. Desenganada, desganada.
É claro que eu nom lhe quero a ng. E obviamente, é a vida, recebemos o que damos e viceversa.
Bah, à merda tudo.
Enfadar-se já nom é que implique dous trabalhos, é que resta tempo de vida, seique.
A distância nom aumenta de seu, som eu que a deixo aumentar.
Ah, outra vez desabafar. Que valer nom vale de nada, pero.
Ah, a consciência. Doble filo.

*e mais fria do que doce, infelizmente.

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