domingo, 5 de março de 2006

Quando marchas tempo e depois voltas está tudo diferente mas igual. Como um edificioprediocondominio onde mudarom a decoraçao interior, hai vizinhos novos aos que nom conheces, mas os porteiros e o seu bebé som os mesmos (graças a deus) simplesmente o bebé está mais grande e tao bonito como prometia. Os porteiros algo mais velhos e o carinho teu maior. Isso passa. Mas hai novos vizinhos estranhos e o ascensor já nom fai aquele ruidinho que, contra o sentido comum, nom metia medo de tam familiar. Agora hai um ascensor novo, com um espelho de pés a cabeça. No sótão já nom estám os macaquinhos tão queridos... Dá medo ir ver o que hai agora ali... Mas aquela coluna que estorbava na entrada, ainda está, e a instalaçom eléctrica e os ruidos nos canos. O sol dá no mesmo sítio e os cans do bairro ainda mijam onda a bolboreta esquerda da porta principal. Agora ninguém dá os bons dias nem os emprestam (como dizia o escritor), dos anteriores vizinhos inda ficam alguns, outros morrerom. Estes que inda ficam tenhem as mesmas cicatrizes de malandros e mais algumhas novas. Aquela outra vizinha tintou o cabelo.
E um reconhece mas desreconhece. E dessespera porque já nom é dali. Porque até no bar de diante da casa agora puxerom umha ferreteria. E também nom era de onde um vem.
Inda bo é que estám os porteiros e algum vizinho quase-reconhecível... Mais n'est pas la même chose... Nunca o será. E inda q a mesma cousa de antano nom era precisamente boa nem a de agora precisamente má.
Reducir(se), reutilizar(se), reciclar(se). Onde vamos colocar as cúpulas verdes do vidro?

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